Neste dia 27 de abril é comemorado
o Dia da Empregada
Doméstica e a categoria
tem muito a comemorar, principalmente
após a aprovação
da PEC das Domésticas, em
2013. A nova legislação garante
direitos como indenização
em demissão sem justa causa,
FGTS, salário-família, adicional
noturno, auxílio-creche,
seguro-desemprego, entre outros
benefícios que não eram
obrigatórios.
Com as mudanças, a profissão
de emprega doméstica
deixou de ser vista como
uma última opção e passou a
ser uma alternativa de renda
para quem está desempregado.
Segundo Marcélia Carpaxo,
especialista em treinamento
de empregados domésticos,
a procura na área aumentou
consideravelmente, em torno
de 40%.
“Muitas pessoas estão procurando
essa profissão como
uma opção de renda. Até pessoas
de outras áreas estão buscando
emprego como doméstico,
em torno de 10%. Esse
aumento deve-se a grande taxa
de desemprego no país”, disse.
Mesmo com a grande oferta
de profissionais na área, Marcélia
explica que o número de
contratações teve uma queda,
sobretudo devido à crise econômica.
A especialista afirma
também que o empregador
diminuiu a quantidade de profissionais
do lar em casa, optando
por apenas uma pessoa
para exercer diversas funções,
como cuidar dos filhos, cozinhar,
lavar e passar roupa além
de limpar a casa.
“Essa é a babá doméstica ou
cozinheira doméstica. O empregador
está propondo uma
pretensão salarial mais atraente,
de até R$ 1.200, o que motiva
os empregados. Esse é o
perfil que as pessoas procuram
para quem vai dormir no
emprego, geralmente pessoas
quem vêm de outro Estado ou
cidade e não têm onde ficar, e
que cumprem a carga horária
na residência, estando à disposição
do empregador e, caso
haja necessidade, ele dará um
extra por fora”, relata.
De acordo com Marcélia,
o empregado doméstico não
é somente um artigo de luxo,
mas sim uma necessidade, vez
que o empregador tem uma
vida cheia de atividades e precisa
de alguém para cuidar da
família e da casa. Além disso,o empregador também está
mais rigoroso quanto às leis,
que seguem as normas da CLT
(Consolidação das Leis do
Trabalho).
Diaristas
Diferente do empregado doméstico,
a procura por diaristas
tem diminuído no mercado
piauiense. Isto porque os empregadores
estão optando por
empregados que tenham mais
tempo para cuidar da família e
afazeres domésticos. Marcélia
Carpaxo ressalta que a presença
de uma diarista, geralmente,
é requisitada quando o empregador
passa a maior parte
do tempo fora de casa, como
um executivo.
“As pessoas têm o hábito
mais familiar, de ir almoçar em
casa, de ficar com a família no
horário do almoço; então, por
mais que tenha diminuído a
procura por contratação de
empregados domésticos, também não teve aumento da procura
por diaristas”, pondera a
especialista.
Qualificação
Marcélia Carpaxo destaca
ainda que os clientes estão
mais exigentes quanto à seleção
de um candidato. “Ele
[o empregador] procura uma
empresa que já tem um procedimento,
indicações e que faça
todo o procedimento, realize
as entrevistas, observe as opções
de perfis, idade, entre outros
aspectos, além de dar mais
segurança também”, disse.
Um ponto importante que
a especialista destaca é com
relação à capacitação. Ela conta
que os candidatos a vagas
de empregados domésticos
estão se profissionalizando e
buscando qualificações e que
estes requisitos são essenciais
no momento da contratação.
Segundo ela, há casos em que
uma doméstica chega a concorrer
com sete candidatos
por uma vaga.