O secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), Samuel Silveira, recebeu na tarde desta quinta-feira (23) a visita do antropólogo do Ministério Público Federal (MPF), Márcio Martins dos Santos. Junto com a gerente de Proteção Social Especial da Semcaspi, Mayra Sousa, eles trataram sobre a situação dos refugiados venezuelanos indígenas Warao, que estão residindo no abrigo do CSU do bairro Buenos Aires, que é coordenado pela Semcaspi, e no Piratinga, ambos na zona Norte de Teresina.
Venezuelanos chegam em abrigo. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
No encontro, o representante do MPF buscou informações sobre o acolhimento humanitário e assistência institucional aos migrantes por parte da Prefeitura de Teresina e a receptividade dos venezuelanos com os serviços no aspecto da atenção social, à saúde e à segurança alimentar que são ofertados pelo poder público.
“Nós estamos percorrendo todos os estados que estão abrigando os venezuelanos para a elaboração de um relatório antropológico sobre a situação dos refugiados, a acolhida nesses lugares e o acesso as políticas públicas”, disse Márcio Martins.
Samuel Silveira apresentou o planejamento para continuidade do acolhimento humanitário e as dificuldades de diálogo com os venezuelanos, já que alguns continuam praticando a mendicância e a infração das regras de convivência que foram definidas dentro do abrigo coordenado pela Semcaspi.
“Foi um encontro muito proveitoso, porque notamos que o trabalho executado na cidade de Teresina está inserido no contexto dos demais municípios brasileiros. Deixamos em aberto para que, caso haja sugestão de qualquer outro lugar que esteja com a mesma situação que a nossa, que a gente possa ajustar e prestar de maneira plena nosso dever humanitário e institucional”, disse o secretário da Semcaspi.
Entre as novidades apresentadas na reunião, o secretário anunciou que o recurso do governo federal foi repassado para o município e que uma empresa está sendo contratada para formação de equipes e acompanhamento dos venezuelanos. “O recurso financeiro é de suma importância, porque vai garantir a estabilização e inserção destes refugiados, adultos e crianças, na comunidade através do mercado de trabalho e na escola”, finaliza o secretário Samuel Silveira.
Os venezuelanos chegaram a Teresina no dia 13 de maio de 2019 e estão refugiados devido à crise econômica e política na Venezuela. O número deles na capital está em 187 divididos entre os dois abrigos.
Fonte: Da Redação