O Sindicato dos Urbanitários (Sintepi) informou nesta quarta-feira que pelo menos 400 funcionários da Cepisa Equatorial, concessionária dos serviços de geração e distribuição de energia do Piauí, poderão ser demitidos ao longo deste mês de julho.
De acordo com a entidade sindical, os desligamentos ocorrem por meio de um programa de demissão voluntária (PDV), aberto pela empresa no último dia 21 de junho e que vigorou até o dia 28.
Esta informação, contudo, foi refutada pela Equatorial Piauí, segundo a qual ainda não há definição sobre a efetiva realização de um novo PDV.
A empresa afirma que, na realidade, a ideia de realizar um novo programa de demissão voluntária teria sido sugerida pelo próprio sindicato, para atender uma parte de funcionários que estariam interessados em participar do PDV.
"Na realidade, a ideia de um novo PDV surgiu após uma interação com o sindicato da categoria, que apresentou a demanda por um novo processo de desligamento, a fim de atender ao pleito de uma grande parcela de colaboradores interessados", rebateu a empresa, por meio de nota.
A Equatorial também afirma que "solicitou ao sindicato que fizesse uma discussão ampla do tema com os próprios colaboradores", e garante que só continuará com as tratativas para realizar o PDV após receber uma "sinalização positiva da categoria".
Segundo informações repassadas por representantes do Sintepi, pelo menos oito setores poderão ter demissões. Seriam áreas que começarão a ter suas atividades terceirizadas. Dentre elas estão atendimento presencial, com 20 postos de trabalho; serviços emergenciais, com 300 funcionários; corte, com 40 postos de trabalho; e manutenção de rede, com 50 postos.
No total, de acordo com o Sintepi, estão previstas 410 demissões, com posterior contratação de terceirizados.
A entidade afirma ainda que alguns setores - como fiscalização, leitura e entrega de contas e novas ligações e construção de redes - já estão 100% terceirizadas.
O sindicato confirma que convocou uma assembleia da categoria para deliberar a respeitos dos cortes. Mas a entidade afirma que, para os trabalhadores, um novo PDV “é algo de extrema gravidade”.
A diretoria do Sintepi acrescenta que o contrato da Cepisa Equatorial com a empresa que vai assumir os serviços terceirizados tem vigência de 13 anos.
Íntegra da nota divulgada pela Equatorial:
Por: Maria Clara Estrêla e CÃcero PortelaA Equatorial Piauí esclarece que ainda não há definição sobre a efetiva realização de um novo Programa de Demissão Voluntária - PDV. Na realidade, a ideia de um novo PDV surgiu após uma interação com o sindicato da categoria, que apresentou a demanda por um novo processo de desligamento, a fim de atender ao pleito de uma grande parcela de colaboradores interessados.
A Equatorial Piauí, diante disso, solicitou ao sindicato que fizesse uma discussão ampla do tema com os próprios colaboradores, o que deverá ocorrer em assembleia a ser realizada hoje (3/07), a partir das 18h, na sede do SINTEPI. Somente após sinalização positiva da categoria a empresa dará seguimento às demais tratativas para eventual PDV.