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Suspensão de contratos: Piauí ainda tem 69 mil pessoas afastadas do trabalho

Dados são do IBGE. Em agosto, o Estado teve o menor patamar de afastamentos profissionais durante a pandemia, mas ainda é o sexto do país é contratos suspensos.

24/09/2020 08:07

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (23) os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio relacionadas à pandemia do novo coronavírus, a PNAD Covid-19. Os dados apontam que o Piauí ainda possuía 69 mil pessoas afastadas de seus postos de trabalho durante o mês de agosto. Este foi o menor patamar já alcançado pelo Estado desde maio.

Naquele mês, cerca de 268 mil pessoas estavam afastadas do trabalho no Piauí, o que correspondia a 27,3% do total de gente ocupada no Estado. Em junho, o número de pessoas nessa situação caiu para 202 mil (20,9%) e chegou a 115 mil em julho (12,3%). Em agosto, o Estado atingiu seu menor nível de trabalhadores afastados do trabalho: 7,2%. Foi a maior redução já registrada desde que a crise começou. A redução foi de 20,1 pontos percentuais entre julho e agosto.

Apesar dessa queda, o Piauí ainda é o sexto estado do Brasil em número de trabalhadores afastados de suas funções em razão da pandemia. O Estado fica atrás apenas do Acre, do Amapá, de Roraima, Alagoas e Rio Grande do Norte. 

O Piauí seguiu a tendência observada no país, conforme apontou o IBGE. A nível nacional, 15,7 milhões de pessoas estavam afastadas do trabalho por conta da pandemia (18,6%) em maio. Este patamar caiu para 11,6 milhões em junho (14,2%), chegando a 6,7 milhões em julho (8,3%) e atingindo o menor nível em agosto, quando 4,1 milhões de pessoas estavam afastadas de seus postos de trabalho no país (5% da população empregada).

O que também reduziu no Piauí foi o número de pessoas trabalhando em sistema de home office. Observando-se os dados do IBGE percebe-se que em maio, cerca de 82 mil piauienses (11,7%) atuavam em trabalho remoto. Em agosto, o número de gente nessa situação caiu para 78 mil (9,1%).

Piauí recupera força de trabalho

Resultado direto da redução na quantidade de gente afastada do trabalho é o aumento da força de trabalho disponível. O Piauí fez justamente este caminho ao longo dos últimos meses segundo aponta a PNAD Covid do IBGE. De maio a julho, o Estado apresentou mensalmente uma diminuição da força de trabalho, que chegou a uma queda total de 44 mil pessoas no período, uma redução de cerca de 4%. Vale lembrar que nestes meses, a crise do coronavírus estavam em uma curva crescente para os casos e decaindo para a economia.

Em agosto, no entanto, esta situação começou a se reverter. Houve um aumento de 32 mil pessoas na força de trabalho do Piauí. Apesar do índice ser animador, o estudo pontua que ainda não é suficiente para recuperar a redução registrada de maio a julho. Em maio, por exemplo, a força de trabalho no Estado era formada por 1,076 milhão de pessoas, número que reduziu para 1,064 milhão em junho e para 1,032 milhão em julho. Em agosto, a força de trabalho do Piauí retornou para o patamar de junho (1,064 milhão de pessoas).

Trabalhadores informais puxam recuperação do mercado no Piauí

O número de pessoas ocupadas durante a pandemia aqui no Piauí reduziu em 5% durante os meses de maio, junho e julho, saindo de 982 mil em maio para 967 mil em junho e atingindo 932 mil em julho. Em agosto, no entanto, foi registrada a primeira elevação na quantidade de piauienses ocupados, com 954 mil pessoas com algum posto de trabalho, mas sem recuperar ainda o nível de ocupação dos primeiros meses de pandemia.


Foto: Elias Fontinele/O Dia

O que chama a atenção, segundo pontua o IBGE, é que essa recuperação na ocupação no mercado de trabalho do Piauí foi puxada pelas pessoas que trabalham por conta própria. Eram 275 mil piauienses nesta situação em julho, chegando 294 mil em agosto, um aumento de 7% em um mês. Apesar disso, a quantidade de pessoas trabalhando por contra própria no mês passado ainda ficou abaixo do registrado em maio, quando havia 302 mil pessoas ocupadas nesse segmento.

Por: Maria Clara Estrêla
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