Uma operação contra ligações clandestinas e irregulares de energia elétrica na zona Norte de Teresina resultou em conflito na manhã desta quarta-feira (19). É que a concessionária de energia do Estado, junto com a polícia, se concentraram fazendo uma vistoria e combatendo o roubo de eletricidade na vila Lindalma Soares, localizada na Avenida Poti, região da Santa Maria da Codipi.

O problema é que os moradores da vila se revoltaram com a ação e investiram contras as equipes para tentar parar o trabalho de desligamento. O que eles alegam é que o desligamento da energia da vila é uma tentativa de retirar os moradores do local e desapropriar a área ocupada. A Polícia Militar, por meio de viaturas do 13º BPM, se encontra no local para garantir que as ligações consideradas ilegais sejam desfeitas. 

A polícia diz que os não houve atrito com os populares, mas imagens recebidas pelo Portalodia.com mostra os moradores fazendo uma barricada com fogo na pista e o movimento intenso de viaturas, enquanto o trânsito no trecho da Avenida Poti fica congestionado e lento.

“É uma operação de prevenção com relação a furto de energia. A polícia recebeu denúncias de que estavam puxando uma fiação para iluminação coletiva e isso estava acarretando em queda de energia em toda a região devido à demanda que estava aumentando sem o controle da empresa responsável por isso. Então foi feita essa ação para tirar essa gambiarra”, explica o major Pessoa, comandante do 13º BPM.

Procurada, a empresa de distribuição de energia do Piauí disse que essas ações, por se tratarem de crime federal previsto em lei, necessita de acompanhamento da polícia e se trata de uma operação coordenada pelas forças de segurança em combate a ações ilegais. 

De acordo com a concessionária, no local foram identificados mais de 200 pontos de ligação irregular à rede com uma carga consumida de 30 mil kWh, o que provocava a oscilação da energia na região e gerava reclamações de queima de equipamentos e eletrodomésticos por parte de clientes à empresa. A concessionária de energia lembra que essas ligações irregulares colocam em risco a vida da população nessas áreas por provocarem acidentes com consequências graves como mortes e incêndios. 

"Além disso, elevam as perdas de energia, causando prejuízos para toda a sociedade, afetando a qualidade da energia elétrica fornecida provocando falta de energia e comprometendo a arrecadação de impostos utilizados para custear os serviços públicos e investimentos", disse a empresa por meio de nota.

Veja na íntegra abaixo:

A Equatorial Piauí informa que na manhã desta quarta-feira (19/08) realizou, em parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, a retirada de ligações irregulares de energia elétrica em um terreno localizado nas margens da Av. Poty Velho, bairro Santa Maria da Codipi. 

No local foram identificados mais de 200 pontos de ligação irregular à rede, sendo uma carga consumida de 30.000 kWh , provocando a oscilação da energia na região e gerando reclamações de queima de equipamentos pelos clientes regulares da Distribuidora. 

Essas ligações irregulares, que formam as gambiarras, colocam em risco a vida da população nessas áreas por provocarem acidentes com consequências graves, inclusive fatais por choque elétrico e incêndios. Além disso, elevam as perdas de energia, causando prejuízos para toda a sociedade, afetando a qualidade da energia elétrica fornecida, provocando falta de energia e comprometendo a arrecadação de impostos utilizados para custear serviços públicos e investimentos.

Quem também se manifestou por meio de nota foi a Secretaria de Segurança Pública do Piauí. Veja abaixo:

Na manhã desta quarta-feira, 19, as forças de segurança do Estado foram chamadas a dar suporte às equipes da empresa Equatorial Energia para desligar rede clandestina que colocava em risco à vida de pequena comunidade organizada numa invasão urbana. Segundo informações da própria Concessionária, a ligação clandestina apresentava risco à distribuição de toda Zona Norte de Teresina, bem como risco de incêndios e acidentes fatais aos usuários das ligações ilegais.

Por: Maria Clara Estrêla