O retorno do programa Brasil Sem Fome foi anunciado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, durante o Encontro Regional do Conselho Nacional da Assistência Social, que teve início em Teresina nesta quarta-feira (26) e segue até esta quinta (27) com representantes dos estados do Nordeste.
Dias comentou que participará na próxima sexta-feira (28) de uma reunião com o Consórcio Nordeste, no estado da Paraíba, para aprimorar experiência da câmara temática da entidade voltada para o combate à fome. O ministro explicou que essa medida será o embrião para o retorno do Brasil Sem Fome em todo o país.
Wellington Dias antecipou que a ideia do novo programa é envolver os estados brasileiros e também a iniciativa privada. “O Brasil Sem Fome é um desafio ao setor público e ao privado. Vamos trabalhar convênios com estados, governo federal, os três poderes, mas também o setor empresarial e os trabalhadores. Cada estado tem um pacto, vamos criar o índice que vai mediar a situação social”, disse.
Foto: Otávio Neto / O Dia
De acordo com o ministro, o governo pretende criar uma espécie de IDEB social com a quantidade de pessoas que passam fome em cada cidade, em cada estado, saber quantos por cento estão na pobreza e na extrema pobreza para nortear as ações em cada região do país. A meta é tirar o Brasil do mapa da fome.
“Com a experiência do Nordeste, trabalharemos um caminho para fazermos em cada região do Brasil uma pactuação do Brasil Sem Fome. E o nosso Nordeste Sem Fome uma perspectiva de ser a região do Brasil até 2026 que mais vai tirar gente da extrema pobreza”, disse o Wellington ao revelar que o Nordeste ganhará atenção especial do governo.
Uma das missões do novo Brasil Sem Fome é chegar até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao índice medido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura abaixo de 2,5% da população que não consegue fazer as três refeições diárias.
Aos representantes do Conselho Nacional da Assistência Social, Dias reforçou a importância da rede da assistência para a nova roupagem do programa para realizar a busca ativa das famílias. Ele comentou ainda a necessidade do retorno da atuação dos conselhos para a ampliação das estratégias do programa.