O Presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Enzo Samuel (PDT), confirmou que o parlamento votará esta semana o empréstimo de € 38 milhões de euros junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). A contratação de crédito junto ao banco europeu virou motivo de polêmica nas últimas semanas já que parlamentares se articularam para impedirem a votação da operação milionária que gira me torno de R$ 210 milhões. Os vereadores estariam insatisfeitos com a falta de espaços e participação na gestão de Dr. Pessoa.
Na última quarta-feira (5) o clima chegou a ficar tenso na Câmara após vereadores da base do prefeito e até mesmo parlamentares de oposição criticaram o que chamaram de “manobra” de Enzo Samuel (PDT) para novamente não votar a operação.
Segundo o presidente do parlamento, terça-feira (11) a matéria será analisada. “Esta casa é uma casa democrática, prevalece sempre a decisão do colegiado. Havia um impasse em relação a votação que permitiu que ela não ocorresse. Mas deixar claro que tudo irá para a pauta terça-feira, aqui não existe qualquer travamento. Cada vereador terá sua independência e autonomia para votar da forma que entender”, disse o vereador.
FOTO: Assis Fernandes/ O DIA
Além do empréstimo de R$ 210 milhões, outro empréstimo tramita na casa. A prefeitura espera contratar junto a Caixa Econômica uma linha de crédito de R$ 37 milhões para a construção de casas na zona Norte de Teresina. Este porém sequer foi analisado na Comissão de Constituição e Justiça. O pedido de empréstimo está parado na comissão técnica a quase dois meses. Vereadores alegam a necessidade de mais informações para votar a matéria.
Enzo, porém, não menciona o projeto junto a Caixa Econômica, apenas o refinanciamento das dívidas, outra matéria parada na casa. “Acredito que o projeto de Refinanciamento é algo que é unanime entre os vereadores e será aprovado, inclusive recebi algumas ligações de setores empresariais. O empréstimo será votado, nunca vi vereador votar contra empréstimo. Mas cabe ressaltar que cabe a cada um de nós fiscalizar e que as obras sejam devidamente realizadas. Não há qualquer tipo de impasse, o que é há é o debate que é algo natural. Mas vamos procurar o consenso para que a votação ocorra da melhor forma possível”, finalizou.