Rejane Dias foi empossada, nesta sexta-feira (13), como conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Piauí. A ex-deputada federal assume o lugar de Olavo Rebelo em um das sete cadeiras da corte de contas. Durante a solenidade de posse, Rejane Dias afirmou que pesou na decisão de deixar a carreira política e assumir a vaga na corte de contas o fato de ter uma filha com necessidades especiais que "precisa dos cuidados da mãe".
Foto: Jailson Soares/O Dia
"Pesa muito nessa decisão a questão da família. Tenho uma filha com deficiência que precisa dos cuidados da mãe e poder trabalhar e estar mais perto dela tem um peso muito grande na minha decisão", destacou.
Para assumir a vaga no TCE, Rejane Dias precisou se desfiliar do Partido dos Trabalhadores e renunciar ao mandato em exercício como deputada federal. A agora ex-deputada havia sido reeleita no último pleito, mas não deverá tomar posse em 1º de fevereiro. Em entrevista à imprensa, a nova conselheira destacou as suas qualificações e enfatizou como a sua experiência na política pode auxiliar no exercício do cargo na corte de contas.
"Tenho o perfil para quem vai exercer um cargo tão importante que é a corte de contas. Sou formada em administração e direito, com mestrado em direito constitucional. Obviamente que assumir uma responsabilidade como essa, como membro da corte de contas, requer muito mais estudo, requer muito mais dedicação. De qualquer maneira, trago uma experiência como gestora e de quem atuou em áreas estratégicas do Piauí", lembrou.
Segundo o presidente do TCE, Kennedy Barros, neste ano, a corte deve se fazer presente no cotidiano das comunidades e continuar fazendo o acompanhamento das políticas públicas. "Vai fiscalizar a questão relacionada ao meio ambiente, mobilidade urbana. Será um tribunal de acompanhamento de políticas públicas, consequentemente, vai ser um tribunal que vai ouvir muito os segmentos organizados, ouvir muito a imprensa que exerce um papel interessante acompanhando essas mesmas políticas", destacou.
O Tribunal de Contas do Estado possui sete membros, sendo três de escolha do governador (sendo um auditor de carreira, um membro do Ministério Público de Contase um à livre escolha) e quatro vagas escolhidas pelo poder legislativo estadual.