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Sequelas da chikungunya podem persistir por meses

A doença pode evoluir para fase crônica com dores persistente nas articulações que se assemelham às doenças reumáticas

01/06/2022 14:50

Além do aumento de casos de dengue no Piauí, também houve o crescimento de casos de chikungunya. De acordo com dados do 12° boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, entre janeiro e março deste ano, foi registrado um aumento de quase 1500% no número de novos casos, em relação ao mesmo período de 2021. Em 2022, já foram registrados 335 casos. No mesmo período de 2021, foram apenas 21 casos. 

Reumatologista, Ângela Freitas (CRM 2298), cooperada Unimed Teresina. Foto Dalson Carvalho

A doença é uma infecção viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (os mesmos transmissores da dengue, zika e febre amarela). Segundo a médica reumatologista, Ângela Freitas (CRM 2298), cooperada Unimed Teresina, os principais sintomas são: "febre alta, manchas vermelhas na pele, dores articulares nos pés e mãos, tornozelos e pulsos. Apesar de bem parecidos com a dengue, o que mais chama a atenção é que desde o início, na Chikungunya, as dores são mais articulares. Outra característica é que depois da fase mais aguda, que dura entre três a 14 dias, as dores articulares podem voltar e persistir por meses”, explica.


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Nesses casos há uma evolução para a fase crônica da chikungunya, que pode se prolongar por vários meses. “Nós chamamos de sequelas da doença, os pacientes evoluem com quadro de dor mais persistente nas articulações e os sintomas se assemelham muito a doenças reumáticas. Isso acaba impedindo ou dificultando a retomada das atividades diárias. Para esses pacientes é preciso acompanhamento com reumatologista para controlar o processo inflamatório persistente, principalmente nas mãos e pés”, recomenda a reumatologista.


O tratamento para a fase crônica depende de cada paciente, mas podem incluir medicamentos para artrite reumatoide.

Já para a prevenção da Chikungunya, a médica aconselha muito cuidado com água parada, já que a doença é transmitida por mosquitos. “As recomendações são as mesmas aplicadas à prevenção da dengue. O mosquito adora água parada, precisamos redobrar esse cuidado e eliminar os focos. A responsabilidade é coletiva, tanto do poder público como de cada um”, pontua a profissional. 

Fonte: Unimed Teresina
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