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Domingo da Ressurreição, tempo de comunhão, fraternidade e caridade

Domingo de Páscoa: símbolo de reconciliação e de uma nova vida, na tradição cristã

31/03/2024 às 08h33

31/03/2024 às 08h33

Semana Santa é época de comunhão e de reunir a família em volta de uma mesa farta, mas também de refletir e celebrar a ressurreição de Jesus Cristo. O Domingo da Ressurreição, ou Domingo de Páscoa, celebrado neste 31 de março, é a festa mais importante do calendário litúrgico do cristianismo e encerra a Semana Santa, que iniciou no Domingo de Ramos, dia marcado pelo retorno de Jesus à cidade de Jerusalém. O Domingo da Ressurreição marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, período de quarenta dias de jejum, orações e penitências.

Apesar de muitas pessoas ficarem ansiosas pela chegada da data, devido ao feriado prolongado, o padre José Nery, vigário paroquial da Catedral de Nossa Senhora das Dores, localizada na Praça Saraiva, Centro de Teresina, lembra que o período santo não deve ser visto apenas como um mero ‘feriadão’.

Padre José Nery, vigário paroquial da Catedral de Nossa Senhora das Dores, - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Padre José Nery, vigário paroquial da Catedral de Nossa Senhora das Dores,

“O carnaval é feriado, mas diferente dos demais dias, a Semana Santa não é feriadão. São dias de preceitos, que guardamos e respeitamos. Não podemos dizer que somos católicos se não respeitamos e observamos aquilo que a igreja prescreve como meio de olhar para aquele que nos salvou. Esse não é tempo de festejar, é tempo de resguardar-se no silêncio e na oração”, pontuou o sacerdote.

O padre José Nery orienta as pessoas que viajaram para outras cidades, durante a Semana Santa, que busquem a igreja para rezar. O sacerdote pontua que a Páscoa é momento de comunhão, unidade e reconciliação. “Caso contrário, não podemos dizer que vivemos a Semana Santa. É como quem pratica todas as obras da Quaresma, mas não fala com o pai, com a mãe, com o irmão. Devemos fazer todo esforço para nos reconciliarmos com o irmão, que também é um dos exercícios quaresmais, e depois fazer aquilo que lhe é prescrito”, disse.

O líder religioso explica ainda que o Domingo de Páscoa deve ser momento de reunião, congregação e partilha, no qual devemos exercer a troca de bens e a caridade. “Nesse período, há uma comunhão a ser exercida, quando nos reunimos com a família, fazemos esse gesto de comunhão fraterna e concreta. Essa é a beleza de vivermos a caridade, mas não somente com aqueles que estão próximos, devemos estender àqueles que estão distantes, para que também se sintam parte do todo, que é viver o amor de Cristo”, acrescenta o padre.

Domingo da Ressurreição, tempo de comunhão, fraternidade e caridade - (Reprodução/Só Jesus Cristo) Reprodução/Só Jesus Cristo
Domingo da Ressurreição, tempo de comunhão, fraternidade e caridade

Teresina Ressuscita com Cristo

No Domingo de Páscoa (31), toda a comunidade é convidada a participar do Teresina Ressuscita com Cristo, momento de profunda fé e comunhão de toda a Arquidiocese. Em sua 9ª edição, o evento busca despertar no coração dos fiéis a importância da vitória de Cristo sobre a morte, por meio de um momento em que os cristãos saem às ruas exultando e proclamando a vida de Jesus.

A programação terá início às 16h. A procissão terá como ponto de partida o adro da Igreja São Benedito, reunindo fiéis que sairão em uma grande procissão luminosa até o Parque Potycabana, na Avenida Raul Lopes, para a celebração da Santa Missa de Páscoa, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Juarez Marques.

O padre Rivaldo Muniz, pároco da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no bairro Dirceu II, faz um apelo aos cristãos para participarem das celebrações litúrgicas e também aproveitarem da Semana Santa para praticar o perdão em família, vivendo o seu real sentido plenamente.

“Esse é o momento de viver verdadeiramente o amor, pois muitas vezes nos amamos, mas é um amor ferido. Por isso, é importante que aproveitemos esta Semana para a prática da reconciliação familiar, além de participar das celebrações, em especial do Tríduo Pascal, onde celebramos a vitória de Jesus contra todo o mal”, finalizou.

Símbolos da Semana Santa e seus significados

A Semana Santa é repleta de símbolos e significados, rica em espiritualidade em torno da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. O padre José Nery, vigário paroquial da Catedral de Nossa Senhora das Dores, explicou alguns desses símbolos, como o pano vermelho, que simboliza o martírio vivido por Jesus, a vara, que representa os açoites, e a coroa de espinhos, além da bacia com água e toalha, que representa o servir, e o coelho, sinal de fertilidade e da vida nova.

 Símbolos da Semana Santa e seus significados - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Símbolos da Semana Santa e seus significados

- Cruz: simboliza a vitória de Jesus sobre a morte, a salvação e a ressurreição.

- Pão e vinho: na última ceia, Jesus disse que o pão era seu corpo e o vinho seu sangue. O pão e o vinho foram oferecidos aos seus discípulos e representam a vida eterna.

- Cordeiro: Jesus é o cordeiro de Deus, sacrificado para salvar toda a humanidade.

- Círio Pascal: é uma vela acessa com as letras gregas "alfa" e "ômega" (início e fim). A luz da vela representa a ressurreição de Cristo.

- Espinho: espinhos e ramos de espinho significam tristeza, tribulação e pecado. Os arbustos de espinhos sugerem os pecados menores e as sarças crescentes, ou espinhos, os maiores.

- Coroa de espinhos: os soldados coroaram Cristo antes da crucificação com uma coroa de espinho e é um símbolo de seu martírio.

- Óleo: o óleo é o símbolo da graça de Deus. É usado na Igreja nos sacramentos do Batismo, Crisma, Ordem e Matrimônio.

- Lava-pés: o pé humano, por tocar o pó da terra, é usado para simbolizar humildade e servidão voluntária. O próprio Cristo lavou os pés de seus discípulos na última ceia. É com base nesse ato que se tornou uma tradição para os bispos realizar a cerimônia de lavar os pés na Quinta-Feira Santa.

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