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Bombeiros abrem procedimento para investigar sargento suspeito de agredir jornalista

Por meio de nota, corporação disse que vai apurar a conduta do sargento Gilvan Freitas Rodrigues "tanto no âmbito de suas funções dentro da corporação quanto em sua vida social".

19/09/2024 às 08h28

Atualizada às 11h50

O Corpo de Bombeiros do Piauí anunciou na manhã desta quinta-feira (19) que vai abrir um procedimento administrativo para apurar a conduta do sargento militar Gilvan Freitas Rodrigues, suspeito de cometer violência doméstica e agredir a jornalista Yara Ataide. O caso veio à tona após a vítima divulgar um vídeo na redes sociais em que aparece sendo atingida com um soco no rosto.

Na nota a corporação afirmou ainda que a apuração vai levar em consideração "a conduta do militar, tanto no âmbito de suas funções dentro da corporação quanto em sua vida social". (Confira abaixo a nota do CBMEPI na íntegra).

Sede do Corpo de Bombeiros do Piauí, em Teresina. - (Divulgação) Divulgação
Sede do Corpo de Bombeiros do Piauí, em Teresina.

Matéria original

A jornalista Yara Ataide utilizou suas redes sociais na noite desta quarta-feira (18) para denunciar um caso de violência doméstica, divulgando um vídeo em que é agredida pelo ex-marido, um sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí (CBMEPI). No vídeo, que foi publicado em sua conta no Instagram, Yara aparece sendo atingida com um soco no rosto. A agressão ocorreu na sala da casa onde o casal residia.

Jornalista Yara Ataíde denuncia que foi agredida por 7 anos por Sargento do Corpo de Bombeiros. - (Reprodução) Reprodução
Jornalista Yara Ataíde denuncia que foi agredida por 7 anos por Sargento do Corpo de Bombeiros.

A agressão ocorreu na sala da casa onde o casal residia. "O sargento do Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí me agrediu por 7 anos", postou a jornalista, que marcou a conta no Instagram da corporação e de perfis de divulgação de notícias. Em outra postagem, Yara também declarou que, após denunciar o ex-marido, o Corpo de Bombeiros do Piauí teria ignorado a situação.

"O Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí quando dei entrada no primeiro processo fez vista grossa contra minha denúncia. E agora que tenho vídeos, fotos, etc., vão aceitar o agressor na corporação?", questionou Yara em suas redes sociais. A jornalista compartilhou ainda uma foto exibindo um hematoma ao redor do olho, que seria consequência da agressão.

Confira o vídeo:

Carregando publicação do Instagram... Clique para ver a publicação

A postagem rendeu muitos comentários de pessoas se solidarizando com a vítima e oferecendo apoio e ajuda para ela. Yara Ataide tem dois filhos: Noah e Stella. O Portal O Dia apurou que o sargento em questão é identificado como Gilvan Freitas Rodrigues. Esta reportagem entrou em contato com o Corpo de Bombeiros Militar do Piauí para saber quais medidas serão tomadas com relação ao sargento suspeito de agredir Yara Ataide.

Por meio de nota, a corporação afirmou que foi determinada a abertura de um procedimento administrativo para apurar a conduta do militar. Porém, o CBMEPI não falou até o momento em afastamento do sargento da corporação.

Confira abaixo a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí (CBMEPI) vem a público informar que, na manhã desta quinta-feira (19), tomou conhecimento das recentes imagens veiculadas na mídia, supostamente envolvendo um bombeiro militar da corporação em uma lamentável cena de violência doméstica. O CBMEPI esclarece que foi determinada a abertura de um procedimento administrativo para apurar a conduta do militar, tanto no âmbito de suas funções dentro da corporação quanto em sua vida social.

Reiteramos que qualquer comportamento que atente contra a dignidade da pessoa humana não reflete os valores do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí. Não apoiamos, incentivamos ou compactuamos com qualquer tipo de violência. O CBMEPI reafirma seu compromisso com os direitos humanos, com a proteção da integridade das mulheres e com a promoção de uma sociedade segura, baseada no respeito, dignidade e acolhimento, que são deveres de todo agente de segurança pública.

Informamos ainda que o Estado do Piauí dispõe de diversos centros especializados de apoio às mulheres vítimas de violência, onde podem buscar acolhimento, suporte e orientação. Seguem os contatos de referência:

Centro de Referência Especializado Esperança Garcia (CREG)  

- Telefone: (86) 99412-2719  

- Endereço: Rua Agripino Maranhão, 235 - Noivos, Teresina-PI  

Defensoria Pública do Estado – Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência  

- Telefone: (86) 3233-8504  

- Endereço: Rua Joca Pires, 1000 - Bairro Jockey, Teresina-PI  

Centro de Referência Estadual da Mulher em Situação de Violência - Francisca Trindade  

- Telefone: (86) 99433-0809  

- Endereço: Avenida Petrônio Portela, 1900 - Bairro Aeroporto, Teresina-PI  

Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID)  

- Telefone: (86) 99433-0809  

- Endereço: Rua Mato Grosso, 268 - Centro, Teresina-PI  

Central de Flagrantes de Atendimento à Mulher e a Grupos Vulneráveis de Teresina  

- Endereço: Rua Coelho de Resende, s/n, Centro-Sul, Teresina-PI  

- E-mail: [email protected]  

- Atendimento: 24 horas


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