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Atrasos e paradas de ônibus lotadas. Foi essa a realidade que os moradores da zona Sul de Teresina encontraram ao sair de casa na manhã desta segunda-feira (13). Isso porque os motoristas e cobradores de ônibus da empresa Transcol paralisaram suas atividades e passaram cerca de duas horas com os ônibus guardados nas garagens.
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A Transcol opera o maior consórcio do transporte público de Teresina, com 75 carros e cerca de 340 profissionais. A empresa atende a todos os bairros da zona Sul de Teresina e opera linhas que levam para municípios nas proximidades da capital como Nazária, por exemplo.
A paralisação de hoje (13) se deu em razão do descumprimento de regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), conforme denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Teresina, o Sintetro. Em conversa com o Portalodia.com, o presidente da entidade, Antônio Cardoso, explicou que os profissionais da Transcol são formalmente contratados para trabalhar somente meio período, mas que têm trabalhado dois períodos recebendo apenas metade dos benefícios previstos na CLT.
“Eles estão contratados por meio período e são chamados para trabalhar à tarde. Neste período à tarde, eles trabalham como avulsos, ou seja, recebem só 50% do FGTS , contribuem só 50% com o INSS e recebem só 50% do salário. A empresa está descumprindo o que diz a CLT”.
O Sintetro informou que já acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) e está esperando ser chamado junto com os trabalhadores e representantes da Transcol para uma audiência de conciliação. Segundo a entidade, a empresa já havia assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao MPT relacionado à jornada de trabalho dos motoristas e cobradores.
A paralisação, que iniciou por volta das 5h, encerrou por volta das 7h e durou cerca de duas horas. Os ônibus da Transcol já deixaram as garagens e começaram a rodar normalmente nesta segunda (13). Não há novas paralisações previstas para hoje nem para os próximos dias.
O que diz a empresa
A Transcol ainda não se pronunciou a respeito das informações divulgadas pelo Sintetro nem sobre a paralisação. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos por parte da empresa.