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PM baleado na cabeça é velado em Teresina; família questiona versão de legítima defesa

Cerimônia de despedida do sargento João de Deus acontece a portas fechadas e é restrita a familiares e amigos. Sepultamento acontecerá no Cemitério Santa Cruz.

12/11/2024 às 08h43

Atualizada às 12h24

O sargento João de Deus Teixeira está sendo velado na Capela da Polícia Militar. O velório deve acontecer até as 15h .A cerimônia de despedida do sargento acontece a portas fechadas e é restrita a parentes e amigos.

Os familiares preferiram não dar declarações. A filha do sargento disse apenas que lhe tiraram seu pai e que em mais de 30 anos de Polícia Militar, o sargento João de Deus nunca havia atirado em ninguém nem nunca havia sofrido qualquer tipo de atentado. A família acompanha o trabalho de investigação da Polícia Civil e questiona a versão dada pelo soldado Linhares de que ele teria atirado no sargento em legítima defesa.

A família diz que a forma como o projétil atingiu o sargento João de Deus denota que ele estaria entrando em casa no momento do tiro disparado pelo soldado Linhares.

O sepultamento do sargento João de Deus deve acontecer por volta das 16h no Cemitério Santa Cruz, bairro Santa Fé.

Iniciada às 8h43min

O sargento João de Deus Teixeira, que havia sido baleado na cabeça durante uma briga de trânsito em Teresina, morreu no HUT nesta segunda-feira (11), uma semana após ter dado entrada no hospital. O estado do sargento era grave e ele precisou passar por uma cirurgia. João de Deus Teixeira foi baleado durante uma discussão com um outro policial militar, identificado como Raimundo Linhares, da PM do Maranhão.

Sargento que foi baleado na cabeça em Teresina morre no HUT - (Divulgação/PMPI) Divulgação/PMPI
Sargento que foi baleado na cabeça em Teresina morre no HUT

A situação aconteceu no dia 05 de novembro no bairro Vamos Ver o Sol, zona Sul de Teresina. A discussão teria iniciado porque o sargento João de Deus teria batido no carro do soldado Linhares, que estava estacionado em sua porta. Ao questionar o sargento, o PM do Maranhão teria sido surpreendido com os tiros e disse que atirou de volta para se defender. Um dos disparos atingiu o sargento na cabeça.

O caso está sob investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado Baretta, coordenador da delegacia, informou na semana passada que pedirá uma reconstituição do caso para entender melhor a dinâmica do ocorrido. A declaração foi dada no dia em que o soldado Linhares se apresentou à polícia e entregou sua arma para perícia. A arma do sargento João de Deus também foi recolhida.

Até o momento, a polícia investigava um caso de tentativa de homicídio, mas com a morte do sargento, o caso passa a se tratar de homicídio consumado.


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