O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) divulgou uma nota à imprensa nessa quarta-feira (7) em que afirma o compromisso com o diálogo e a busca por soluções que garantam a continuidade dos serviços de transporte coletivo na capital. A manifestação ocorre diante da possibilidade de paralisação dos trabalhadores do setor, anunciada nesta semana pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro).

De acordo com o Setut, as empresas mantêm uma postura colaborativa, reconhecendo a legitimidade das reivindicações apresentadas pelos trabalhadores. O sindicato patronal nega ter se recusado a negociar em qualquer momento e informa que participou de todas as reuniões de mediação convocadas pelas instâncias institucionais competentes.
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Na nota, o Setut lembra que, durante a última gestão municipal, a categoria trabalhou sem uma convenção coletiva em vigor e que, neste ano, foi apresentada proposta de renovação por dois anos. O texto garante a manutenção dos benefícios sociais já existentes e prevê negociações anuais para cláusulas econômicas, em consonância com a realidade financeira do sistema de transporte e seus desafios.
A entidade também reconhece as dificuldades enfrentadas pela nova gestão da Prefeitura de Teresina, destacando que o primeiro ano de mandato é naturalmente marcado por um processo de reorganização administrativa. Segundo o Setut, esse cenário exige responsabilidade de todos os envolvidos, especialmente diante de um serviço essencial como o transporte público.
Em relação à paralisação anunciada, o Setut informou que encaminhará um ofício ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para manifestar sua preocupação com os impactos da greve sobre a população — especialmente os usuários mais vulneráveis, que dependem diariamente do transporte coletivo. A entidade também afirma estar adotando medidas legais e técnicas para garantir a manutenção dos serviços essenciais.
O sindicato patronal faz um alerta sobre os prejuízos de uma eventual paralisação, lembrando que o sistema já enfrenta um histórico de crises e queda de demanda. Uma nova interrupção poderia agravar ainda mais o cenário, com possíveis perdas de passageiros, redução da frota em circulação e até demissões.
Ao final da nota, o sindicato patronal reafirmou o compromisso com uma solução “responsável, equilibrada e sustentável”, que contemple os interesses dos trabalhadores, da população e a viabilidade do transporte público de Teresina.
Reivindicações da categoria
De acordo com o Sintetro, a categoria reivindica reajuste salarial, aumento do valor do ticket alimentação e ampliação do plano de saúde.
Inicialmente, a categoria informou que haverá uma paralisação de duas horas, ao qual será realizada na próxima sexta-feira (9), a partir das 5h da manhã, com os ônibus permanecendo nas garagens. Segundo o presidente do sindicato, Antônio Cardoso, caso as demandas não sejam atendidas, a greve será iniciada por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (12).
Prefeitura se manifesta
Em caso de deflagração da greve, a Prefeitura de Teresina, por meio da Superintendência de Transportes e Trânsito (Strans), garantiu que vai assegurar a manutenção do percentual mínimo de operação nos casos de serviços essenciais, como o transporte. A Lei prevê que pelo menos 30% da frota continue circulando, mesmo em período de movimento grevista.
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