Os socorristas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Teresina realizam, na manhã desta segunda-feira (17), uma manifestação na Avenida Gil Martins, ao lado do órgão, para cobrar mais segurança após uma equipe ser baleada durante atendimento na noite do último sábado (15).
![Samu Teresina - (Tony Silva/ODIA TV)](https://portalodia.com/storage/images/u38PSQps1k2WcT7o1MShjJgXpgaHLawbp3UZGNl3.jpg)
"Precisamos do mínimo de segurança para conseguirmos trabalhar, porque no final de semana os colegas foram baleados atendendo uma vítima de agressão por arma de fogo. Eles [socorristas] chegaram até o local, a polícia não se fazia presente, o atendimento foi iniciado contando que a equipe da polícia chegaria, mas antes da polícia chegar, o agressor retornou e acabou atingindo o condutor da ambulância e a enfermeira", conta Girleno França, socorrista do Samu.
![Girleno França, socorrista do Samu - (Tony Silva/ODIA TV)](https://portalodia.com/storage/images/10HQEM6EsWnHBOX3HuDykMqHUx4OYQZBzDfhTH3o.jpg)
A equipe e a vítima que havia sido baleada foram encaminhadas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O médico da equipe, único que não foi atingido pelos disparos de arma de fogo, conduziu a ambulância até a unidade de saúde.
O socorrista relata que esse não é o primeiro atentado contra uma equipe do Samu e que as manifestações irão continuar nesta terça-feira (18) em frente ao órgão, se estendendo também para a Prefeitura de Teresina e para a Fundação Municipal de Saúde (FMS).
"Esse não é o primeiro episódio que acontece e certamente não será o último. Até o momento não tivemos nenhum retorno, mas estamos cobrando e vamos nos manter aqui, inclusive o movimento continuará amanhã até que a gente tenha uma resposta, que é a prática da condução segura do trabalho do profissional do Samu durante seu atendimento. Não temos como fazer um atendimento à população, uma vez que nem a equipe tem segurança para trabalhar", enfatizou Girleno França.
O condutor do Samu Darlan Cassimiro enfatizou que o intuito da manifestação é cobrar por segurança e suporte aos profissionais durante atendimento. "Nosso colega está sendo operado neste momento, é pai de família, e agora? As autoridades precisam dar suporte para evitar que isso aconteça", disse.
![Darlan Cassimiro, conduto do Samu - (Tony Silva/ODIA TV)](https://portalodia.com/storage/images/JMAq91je0jyY81qJwKeEdTbQeXRMj7OJVtjBK4Eq.jpg)
Entenda o caso
Uma equipe do Samu de Teresina foi atingida por disparos de arma de fogo enquanto prestavam socorro a uma vítima no bairro Vamos Ver o Sol, zona Sul da Capital, no último sábado (15). Uma enfermeira e o motorista da ambulância foram baleados e encaminhados ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para atendimento.
A enfermeira Laurimary Caminha foi atingida na coxa e recebeu alta ainda no sábado (15), enquanto o motorista que conduzia a ambulância, Anderson Maranhão, teve uma fratura exposta na tíbia esquerda e precisou passar por procedimento cirúrgico ortopédico. O médico da equipe não foi atingido pelos tiros e foi o responsável por conduzir a ambulância com os feridos até o HUT.
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PI) se manifestou após o ocorrido. Por meio de nota, o órgão classificou os disparos como "ato de covardia extrema" e informou que vai acompanhar e dar apoio às vítimas. A Fundação Municipal de Saúde também emitiu nota e destacou que está prestando todos apoio às vítimas.