Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

'De Pernas pro Ar 3': atriz fala sobre como a franquia assimilou o feminismo

"É o famoso lugar de fala: quando a gente escreve e dirige, já têm um olhar diferente", fala a atriz, que assina pela primeira vez um roteiro da franquia.

12/04/2019 09:55

Estreia nacional desta quinta-feira nos cinemas, 'De Pernas pro Ar 3' dá continuidade à franquia estrelada por Ingrid Guimarães, que agora também assina o roteiro do longa. O filme traz consigo uma maior carga feminista, retrato dos dias atuais em que essa questão é levada mais em conta e respeitada, mas também é influência de não só ter uma mulher entre os roteiristas, mas também uma diretora: Julia Rezende, diretora-assistente nos dois filmes anteriores, assume o comando da produção. 

O longa traz Alice (Ingrid Guimarães) decidindo se afastar dos seu negócio de sucesso no ramo de venda de brinquedos adultos para conviver mais com a família. No entanto, o surgimento de Leona (Samya Pascotto), uma mulher muito mais jovem que se destaca na mesma área dela e ainda passa a namorar seu filho, faz com que ela cogite retomar a vida de empresária e se afastar novamente das pessoas que tanto ama. MONET conversou com Ingrid e ela falou mais sobre a produção. 


Ingrid Guimarães em De Pernas pro Ar 3 (Foto: divulgação)

Confira o bate-papo abaixo:

MONET: A trajetória dos três filmes 'De Pernas pro Ar' traz muito a questão da independência e do equilíbrio, mas em 'De Pernas pro Ar 3', a sua personagem Alice parece ter encontrado um conflito entre esses dois movimentos. Na sua opinião, não existe independência sem equilíbrio?

INGRID GUIMARÃES: Eu acho que essa é a luta da gente. Eu acho que a modernidade, a internet, o virtual, o nosso lugar no mundo trouxe essa grande dúvida que, talvez, a minha filha consiga resolver. Mas a minha geração ainda está tentando. A gente consegue ser uma mulher super bem-sucedida, na frente do mercado, atualizada, antenada e ainda assim ser uma boa, mãe, ser uma boa esposa, não ficar tão cansada para poder ter prazer, não ficar doente? A gente consegue? Não sei. Essa é a luta da minha vida e acredito que seja a de muitas mulheres também.

Fonte: Revista Monet
Mais sobre: