Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Moradora da Baixada Fluminense é eleita Miss Latinoamerica 2015, no Panamá

No último dia, Carolina teve que discursar, no palco, sobre o povo brasileiro: "Falei que nós não vivemos sambando."

23/11/2015 09:35

Ao subir ao palco para o anúncio do resultado do concurso, Carolina Moura, de 20 anos, tinha certeza de que a candidata da Nicarágua seria coroada. Quando o locutor anunciou “Brasil”, a moradora de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, sentiu a maior alegria da vida. Conquistou a faixa de Miss Latinoamerica 2015 no dia do aniversário da mãe, em 3 de outubro.

— Só conseguia pensar em levar a coroa para ela, que é a minha grande rainha. Foi um caminho difícil, mas cheguei lá — diz Carolina, emocionada, ao lembrar o momento.

De sorriso largo e muito falante, a nova Miss Latinoamerica é modelo desde os 6 anos. Aos 13, a moradora de Saracuruna entrou para o curso da Inter Model, na Lagoa, Zona Sul do Rio. Como não tinha dinheiro para concluir a formação, começou a dar aulas.

Durante sua estada no Panamá, Carol ficou fluente em espanhol
Durante sua estada no Panamá, Carol ficou fluente em espanhol (Foto: terceiros/divulgação / divulgação)

— Sempre tive esse jeito. Quando era pequena, colocava a mão na cintura e andava que nem modelo pela sala. Você é do tamanho do seu sonho, e eu me movo por ele — declara a jovem, que tem 52kg distribuídos em 1,73m.

Em 2014, uma amiga a incentivou a entrar na disputa de miss. Ela ganhou a coroa em Caxias, mas não no estadual. Este ano, Carolina deu mais um passo: Foi classificada e, em seguida, escolhida para representar o Brasil no concurso latino-americano, realizado no Panamá.

Batalha acirrada pela coroa

Esta foi a primeira vez que Carolina saiu do país. Ao chegar ao Panamá, não sabia falar nada em espanhol. No fim do concurso, estava fluente.

— Sempre fui falante e tive que me virar. Fiz amizade com outras candidatas e elas me ajudaram — conta a miss: — Mas nem todas eram legais. Às vezes, parecia uma novela mexicana. Algumas queriam sabotar as outras.

Carol achou que a candidata da Nicarágua seria a vencedora
Carol achou que a candidata da Nicarágua seria a vencedora (Foto: Fábio Guimarães / Extra)

A rotina das candidatas era puxada. Elas acordavam cedo para malhar, se arrumar, visitar projetos sociais, desfilar e, à noite, ainda tinham que comparecer a eventos em restaurantes e boates.

No último dia, Carolina teve que discursar, no palco, sobre o povo brasileiro:

— Falei que nós não vivemos sambando. Tenho orgulho das minhas raízes. Meu pai é porteiro e minha mãe, caixa de papelaria. Eu ia para a escola sem ter como levar merenda. O nosso povo luta pelo que quer, não desiste fácil.

Modelo viajará para promover ações sociais

Nos próximos meses, Carolina vai rodar os países que enviaram candidatas para o concurso de Miss Latinoamerica. Neles, ela vai se juntar às outras competidoras para promover ações sociais.

— Quando estávamos no Panamá, visitamos um orfanato. Lá uma menina nos contou que não se achava bonita. Eu e outras candidatas nos juntamos para arrumá-la e vesti-la. Ela ficou muito feliz, foi maravilhoso — lembra a bela.

Moradora de Saracuruna, Carol iniciou a carreira aos seis anos Foto: terceiros/divulgação / 
divulgação

Tecnóloga em moda, Carolina trabalha como assistente de produção da estilista Aline Samson. Quando não está viajando, também faz campanhas de lojas de roupa.

— Meu sonho é virar uma modelo internacional, como Coco Rocha (supermodelo canadense). Na verdade, o que eu quero mesmo é ser uma angel da Victoria Secret’s — sonha Carolina.

Fonte: Extra
Mais sobre: