A advogada criminalista que está atuando na defesa da família de Janaína Bezerra, estudante estuprada e morta nas dependências da UFPI, concedeu entrevista exclusiva ao Portal O DIA nesta sexta-feira (1º). Florence Rosa espera que Thiago Mayson deve “receber pena máxima para todos os crimes”. E que a crueldade empregada nos diversos crimes cometidos deve favorecer a pena máxima para o acusado.
A advogada afirmou ainda que o que mais chocou foi a crueldade com que o crime foi cometido.
Florence comentou a entrada do advogado Ércio Quaresma, que atuou na defesa do goleiro Bruno no caso envolvendo a morte de Elisa Samúdio, na defesa de Thiago Mayson.
"Nós estamos confiantes de que a justiça será feita e o acusado será condenado. Independentemente de quem esteja patrocinando a defesa do Sr. Thiago, em razão da quantidade de provas e da clareza dessas provas, a justiça será feita. Esperamos a pena máxima para todos os crimes, em razão da monstruosidade empregada pelo acusado", destacou.
Julgamento de Thiago Mayson foi adiado pela segunda vez
A sessão estava marcada para acontecer na manhã desta sexta-feira (1º). Inicialmente, o julgamento estava agendado para o dia 18 de agosto, mas foi adiado por falta de quórum. De acordo com as informações, o julgamento do crime foi adiado em razão do novo advogado de defesa, Ércio Quaresma, não ter tempo hábil para comparecer ao julgamento por ter outros compromissos previamente agendados. Ainda não há data marcada para o novo julgamento.
Relembre o caso
A estudante de Jornalismo, Janaína Bezerra, foi brutalmente assassinada após ter sido estuprada em uma sala de aula da UFPI em janeiro deste ano. Janaína foi encontrada por um segurança nas proximidades do bloco onde fica o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Segundo nota divulgada pela UFPI à época, a jovem ainda chegou a ser levada para o Hospital da Primavera, mas não resistiu aos ferimentos.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público, o crime de homicídio cometido por Thiago tem duas qualificadoras que também serão consideradas pelo Conselho de Sentença na hora do julgamento: feminicídio e emprego de meio cruel para tirar a vida da vítima. Entre as peças anexadas no processo estão os laudos do IML comprovando que Janaína sofrera diversas lesões antes de ser assassinada.