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Homem que matou mulher a facadas no Ilhotas é condenado a 26 anos de prisão

Ezequiel Rodrigues de Araújo cumprirá a pena em regime fechado e ainda terá que pagar indenização de R$ 300 mil à família de Valdirene Torquato.

07/02/2024 às 09h57

Ezequiel Rodrigues Araújo, que foi julgado nesta terça (06) pelo assassinato de sua ex-mulher, Valdirene Torquato da Silva, foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão pelo crime. A sessão foi presidida pela juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, e a acusação foi feita pelo promotor João Malato Neto, representante do Ministério Público.

Veja a sentença de condenação aqui.

Durante a audiência, foram ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa além do próprio réu. Ao final, o Conselho de Sentença, formado por representantes da sociedade civil, acolheu integralmente as acusações contra Ezequiel e votou pela sua condenação pelo crime de homicídio com as seguintes qualificadoras: motivo fútil, emprego de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio.

Homem que matou mulher a facadas no Ilhotas é condenado a 26 anos de prisão - (Reprodução/Whatsapp) Reprodução/Whatsapp
Homem que matou mulher a facadas no Ilhotas é condenado a 26 anos de prisão

Uma vez condenado, Ezequiel cumprirá, agora, pena em regime fechado e ainda terá que pagar uma indenização no valor de R$ 300 mil a título de reparação de danos à família de Valdirene. Com ela, ele tem um filho de 7 anos.

Em sua fala, o promotor João Malato Neto destacou a crueldade com que o crime foi cometido. Ezequiel perseguiu Valdirene e atacou no meio da rua, desferindo 17 facadas após agredi-la fisicamente. O crime aconteceu na Rua Goiás do bairro Ihotas em 25 de janeiro de 2022.

“Inconformado com o fim do relacionamento amoroso, o denunciado planejou nos mínimos detalhes a execução do crime, já que se deslocou até o trabalho da vítima, escondeu-se em uma esquina e ficou de tocaia. Ele só não desferiu mais golpes na vítima em razão da intervenção de populares. Foi um feminicídio praticado em plena via pública que causou grande repercussão”, frisou Malato Neto.

À reportagem de O Dia, Valdir Eugênio, irmão de Valdirene, destacou o histórico de agressão que Ezequiel tinha. Segundo ele, o réu não aceitava o fim do relacionamento com Valdirene e perdia o controle sempre que via que ela estava refazendo sua vida longe dele. “No dia anterior ao crime ele foi deixar o filho na casa dela e viu o namorado dela lá. O olhar dele era um olhar de vingança”, relatou Valdir.

Ele conta que Ezequiel chegou a procurar por Valdirene na noite que antecedeu o feminicídio. Ele foi até a casa dela já na intenção de matá-la, mas não a encontrou, segundo Valdir. Do julgamento no Tribunal de Justiça, Ezequiel Rodrigues já foi reconduzido para o sistema prisional para começar a cumprir a pena.