O Corpo de Bombeiros do Maranhão localizou, por volta das 11h desta segunda-feira (05), o corpo das outras duas vítimas de afogamento que desapareceram nas águas do Rio Parnaíba, em Timon. Os corpos de Ronaldo Moraes (35) e Rute (11), tio e sobrinha, foram encontrados no mesmo local que desapareceram na tarde deste domingo (04), na altura do Iate Clube de Teresina, mas na margem de Timon (MA). Também morreu afogada Rosinete Moraes Oliveira da Costa, irmã de Ronaldo e tia de Rute. O corpo da mulher foi encontrado ainda na tarde de ontem por populares.
De acordo com sargento Geovani, a dinâmica do acidente se assemelha ao que foi registrado em Nazária na semana passada. Ao verem que a criança de 11 anos estava se afogando, os tios pularam no rio na tentativa de salvá-la, mas acabaram sendo levados pela correnteza.
(Foto: Assis Fernandesl/ODIA)
“Esses familiares estavam na margem do rio. Nesse período é muito comum as famílias virem se divertir aqui porque o nível da água está baixo e formam as coroas. Mas tem locais que são profundos e as pessoas não têm esse conhecimento, vão para o fundo e podem cair em um buraco. Temos buracos aqui de até 6 metros de profundidade e aí não é possível as pessoas retornarem porque acabam se afogando. Os familiares no intuito de ajudar acabam se jogando na água e se afogando também”, explica o sargento.
No caso da família que se afogou em Timon, eles estavam em um grupo de nove pessoas e tinham ido para o parque ambiental Sucupira em um passeio. De lá, decidiram ir tomar banho no rio. A família estava na margem maranhense do Rio Parnaíba, na altura do Iate Clube de Teresina. As buscas se concentraram entre a Ponte Metálica e o Povoado Piranhas.
(Foto: Nathalia Amaral/ODIA)
De acordo com os bombeiros, a velocidade da correnteza pode arrastar um corpo por até 60 Km rio abaixo dependendo das condições das margens. Quem explica é o tenente João Lucas Oliveira.
Tenente do Corpo de Bombeiros do maranhão, João Lucas Oliveira (Foto: Assis Fernandes/ODIA)
“O corpo da mulher só foi encontrado ontem pelos populares porque ela estava usando um vestido que formou um bolsão de ar e a impediu de afundar. Eles viram a vestimenta e recolheram o corpo, levando-o para a margem. Em cinco dias, um corpo pode percorrer até 60 Km rio abaixo. Geralmente ele fica preso em algum galho nas margens”, detalha o tenente, acrescentando que, em 2021, no feriado do dia 7 de setembro, outras duas crianças morreram afogadas da mesma maneira.
(Foto: Nathalia Amaral/ODIA)
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(Foto: Assis Fernandes/ODIA)