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Saiba quem é o bicheiro Rogério de Andrade, preso por suspeita de ordenar a morte de Fernando Iggnácio

Rogério Andrade foi preso pelo Ministério Público acusado de ordenar a morte de Fernando Iggnácio, em operação que investiga crimes relacionados à disputa pelo jogo do bicho no Rio de Janeiro

29/10/2024 às 08h51

29/10/2024 às 08h51

O bicheiro, Rogério Andrade, foi preso nesta terça-feira (29) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) acusado de ser o mandante do assassinato de seu rival, Fernando Iggnácio. A prisão ocorre no âmbito da Operação Último Ato, organizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). A investigação apura o envolvimento de Rogério Andrade em uma série de crimes ligados ao controle territorial do jogo do bicho na capital fluminense.

Saiba quem é o bicheiro Rogério de Andrade, preso por suspeita de ordenar a morte de Fernando Iggnácio - (Reprodução) Reprodução
Saiba quem é o bicheiro Rogério de Andrade, preso por suspeita de ordenar a morte de Fernando Iggnácio

Fernando Iggnácio, que era genro e sucessor do famoso bicheiro Castor de Andrade, foi assassinado em 10 de novembro de 2020, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Ele havia chegado de helicóptero vindo de Angra dos Reis e foi emboscado ao caminhar em direção ao carro. A execução, que envolveu o uso de fuzis calibre 556, é apontada pelo MPRJ como parte de uma disputa entre Rogério Andrade e Iggnácio, iniciada há mais de duas décadas.

Rogério Andrade foi preso em sua residência, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, e também foi detido Gilmar Eneas Lisboa, apontado como cúmplice e responsável pelo monitoramento de Iggnácio no dia do crime. Ambos os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri.

A rivalidade entre Rogério Andrade e Fernando Iggnácio remonta aos anos 90, quando Rogério passou a atuar no ramo de caça-níqueis, competindo diretamente com o negócio de Iggnácio. Desde então, a disputa resultou em dezenas de mortes. Em 2021, o MPRJ já havia denunciado Rogério pelo assassinato de Iggnácio, mas o processo foi arquivado em 2022 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de provas. A nova investigação do Gaeco encontrou evidências adicionais, incluindo a participação de Lisboa no homicídio.

Além disso, Rogério Andrade teve um histórico recente de vigilância eletrônica, determinada pela Operação Calígula, na qual foi preso junto ao seu filho, Gustavo. Em abril deste ano, o monitoramento foi revogado pelo STF, após mais de um ano de uso da tornozeleira eletrônica. Na ocasião, Andrade era investigado por exploração de jogos de azar e pela prática de diversos crimes, incluindo homicídio, extorsão, lavagem de dinheiro e corrupção. Gustavo Andrade, filho de Rogério, é considerado o segundo no comando da organização, com papel ativo nas operações.


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Com edição de Nathalia Amaral