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Condenado por assassinar ex-prefeito de Altos é preso 28 anos depois no Ceará

Raimundo estava foragido desde novembro de 2021; prisão foi realizada após PM do Piauí localizar Raimundo e acionar equipes do Ceará.

17/12/2024 às 09h44

Raimundo Nonato Alves da Silva, de 60 anos, foi preso no último sábado (14) na cidade de Crateús, no Ceará. Ele havia sido condenado a 18 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato de César Augusto Leal Pinheiro, ex-prefeito de Altos, no Piauí. O crime ocorreu em 1996, quando a vítima ainda exercia o mandato.

A prisão foi realizada após policiais militares do Piauí localizarem Raimundo e acionarem equipes do Ceará, que efetuaram a captura no local indicado. Raimundo estava foragido desde novembro de 2021, quando a condenação transitou em julgado e a Justiça decretou a prisão. Ele foi contratado para matar o ex-prefeito por intermediários do então vice-prefeito de Altos, Antônio Orlando da Silva, que chegou a ser julgado como mandante do crime em 2016, sendo absolvido pelo júri. Porém, em outubro de 2022, Antônio foi condenado como o autor do crime.

César Leal, ex-prefeito de Altos, assassinado dentro de casa - (Arquivo / O DIA) Arquivo / O DIA
César Leal, ex-prefeito de Altos, assassinado dentro de casa

O crime ocorreu em abril de 1996. César Augusto Leal Pinheiro era o chefe do executivo do município. Ele foi atacado no interior de sua própria residência, com quatros disparos de arma de fogo efetuados pelo pistoleiro. O autor dos disparos foi contratado anteriormente por este pela quantia de R$ 50 mil.

De acordo com a denúncia, o vice Antônio Orlando da Silva ficou insatisfeito pelo fato da vítima ter lhe negado alguns cargos na Administração Municipal e contactou um intermediário para assassinar a vítima. O intermediário acertou com Raimundo Nonato a execução do ex-prefeito. “Este crime à época dos fatos causou grande repercussão na sociedade de Altos, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia do crime cometido”, disse o então promotor de Justiça João Malato.


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