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Acusado de mandar matar o ex-prefeito de Altos é condenado depois de 26 anos do crime

O réu já havia sido absolvido em 2016, mesmo após o Conselho de Sentença reconhecer a autoria do crime.

04/10/2022 08:35

O Tribunal do Júri condenou, na última quinta-feira (29), o réu Antônio Orlando da Silva a 14 anos de prisão em regime fechado. Antônio Orlando era acusado de mandar matar o ex-prefeito de Altos, César Augusto Leal Pinheiro, em 1996. Esta foi a segunda vez que o réu foi julgado pelo Tribunal do Júri. Em março de 2016, apesar do júri ter reconhecido a materialidade e a autoria da acusação, o acusado foi absolvido. Ou seja, o júri reconheceu que o réu era realmente o autor do crime, mas o absolveu da acusação.

O Ministério Público recorreu da sentença e, no novo julgamento, teve a sua tese ministerial acatada na íntegra pelo Conselho de Sentença. Segundo o MPPI, Antônio Orlando teria mandado matar o prefeito César Leal em 1996, época em que era vice-prefeito da cidade, e assumiu o cargo após o assassinato. 

O ex-prefeito de Altos, César Augusto Leal Pinheiro. (Foto: Arquivo)

O réu foi levado a julgamento pela prática do crime como mandante em homicídio qualificado, pelo motivo torpe e utilizando-se do recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Em abril de 1996, o acusado participou ativamente do assassinato de César Augusto Leal Pinheiro, que era prefeito de Altos. O então gestor público foi atacado no interior de sua própria residência, com quatros disparos de arma de fogo efetuados por um pistoleiro conhecido como “Gordinho”. O autor dos disparos foi contratado anteriormente por este pela quantia de R$ 50 mil.

De acordo com a denúncia, Antônio Orlando da Silva, que era vice-prefeito de Altos, ficou insatisfeito pelo fato da vítima ter lhe negado alguns cargos na Administração Municipal e contactou um intermediário para assassinar a vítima. O intermediário acertou com Gordinho a execução do ex-prefeito.

“Este crime à época dos fatos causou grande repercussão na sociedade de Altos, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia do crime cometido”, avalia o promotor de Justiça João Malato.

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