Um total de 8 mil profissionais de enfermagem paralisam suas atividades nesta quarta-feira (21/09) em todo o Piauí em adesão ao movimento nacional que reivindica o pagamento do piso nacional da categoria de R$ 4.750, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A paralisação ocorre durante 24h e foi convocada pelo Fórum Nacional da Enfermagem.
O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi) afirmou que 19 municípios do estado aderiram ao movimento. A medida vai afetar serviços públicos da rede estadual e municipal e também deverá parar serviços da rede privada.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
Estão confirmados atos públicos da categoria em regionais, como em Bom Jesus, que vai reunir profissionais de Alvorada do Gurgueia a Curimatá, e em cidades polos como Piripiri, Pedro II, Campo Maior e Parnaíba. Em Teresina, a manifestação acontece no Hospital Getúlio Vargas (HGV) a partir das 8h.
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O presidente do Senatepi, Erick Riccely, explicou que a paralisação vai afetar apenas os serviços eletivos. “O objetivo em nenhum momento é prejudicar a população. Não vai afetar nenhuma sala de vacina. O serviço de urgência, as UTI’s, não serão afetadas. Simplesmente o serviço eletivo, que é possível se programar uma nova data", disse.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
Erick Riccely explicou que o movimento tem como objetivo pressionar o Congresso Nacional a acatar a solicitação do STF e apresentar a fonte de custeio do piso nacional da enfermagem. Para ele, estados e municípios devem se unir com classe, porque a medida deverá beneficiar os gestores de governos e prefeituras.
“Estamos cobrando que o Congresso Nacional aponte a fonte de custeio. Estamos com uma medida que suspende a lei pelo Poder Judiciário, mas entendemos que o problema não é o Judiciário. O problema é a fonte de custeio que o Congresso deve apresentar. Ao contrário, vamos continuar sem ter aquilo que passamos tanto tempo lutando”, disse.
A suspensão do piso
O pagamento do piso nacional da enfermagem foi suspenso após uma decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que pediu que o Congresso Nacional e o Governo Federal aponte a fonte de custeio para que o piso entre em vigor. Logo em seguida, a decisão foi referendada pelo plenário da corte pelo placar de sete votos contrários e quatro a favor.