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De quebradeira ao Karnak, Regina Sousa se torna a primeira Governadora efetiva do Piauí

De origem humilde, Regina Sousa faz história ao se tornar a primeira mulher negra a governar o Piauí

31/03/2022 17:52

Maria Regina Sousa, de 71 anos, hoje (31) marcou a história da política piauiense ao se tornar a primeira mulher negra a governar o Piauí. Ex-quebradeira de coco e de origem humilde, Regina chega ao posto mais alto da gestão estadual após uma longa história de trabalho na luta por direitos sociais e no combate à pobreza. 


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Em um discurso emocionado durante a posse, Regina Sousa lembrou que este momento é histórico para as mulheres do Piauí. 

“Escolhida pelo voto sim, fui eleita sim! Estou aqui, mulher, negra, governadora sim, colocando um tijolinho no empoderamento das mulheres. Não procure Wellington Dias em mim, somos diferentes”. 

Regina Sousa é a primeira mulher negra a governar o Piauí (Foto: Arquivo O Dia)

Graduada em Letras pela Universidade Federal do Piauí, Sousa trabalhou como professora e na década de 1980 foi aprovada em concurso público do Banco do Brasil. Sindicalista, presidiu o Sindicato dos Bancários do Piauí e foi uma das fundadoras da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Piauí, bem como presidiu o PT piauiense. 

Durante sua trajetória, Regina Sousa também foi a primeira mulher a assumir o Senado pelo Piauí, sendo autora de vários projetos, dentre eles o que garante mais proteção social a crianças com pai ou mãe encarcerados. 

Filha de trabalhador rural, aos 10 anos Regina já sabia plantar e colher feijão, milho e fava. E, observando o que se passava com seus pais que moravam em terra alheia, ainda menina, compreendeu a necessidade da reforma agrária. 

Em plena ditadura militar, na década de 80, a nova governadora atuou em movimentos sociais, dando início ao seu processo de consciência política dentro da militância sindical.

Hoje, ao assumir o cargo, Regina Sousa destaca que sua prioridade será a redução da pobreza e que pretende lançar um olhar para temas específicos como o combate ao racismo, à homofobia e temas sociais. “Sou uma idosa de quase 72 anos, com qualidades e defeitos, mas tenho muitas esperanças”, disse. 

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