Raro, mas acontece. O câncer de mama é a neoplasia mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Nos homens, essa doença também pode ser detectada e causar grandes danos, se não tratada corretamente e com diagnóstico preciso. No Brasil, o câncer de mama atinge cerca de 1% dos homens e isso acontece devido à presença de glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em quantidade pequena. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que quase 200 homens morrem por ano, vítimas do câncer de mama.
No Piauí, ao longo de 2022, já foram notificados 187 novos casos de câncer de mama, além de 129 óbitos em todas as faixas etárias em decorrência da doença, sendo 42 destes óbitos em mulheres de 50 a 69 anos. Em 2021, ocorreram 607 casos novos e 221 óbitos e em 2020 foram 496 casos novos e 201 óbitos.
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“Os homens também têm câncer e é cerca de 1% no Piauí. Precisamos praticar ações que evitam a piora do quadro, como não ser sedentário, não engordar, diminuir o consumo exagerado de álcool e ter boa convivência com a família. O exame é recomendável a partir dos 40 anos, menos do que essa idade o risco é muito baixo. Outro ponto importante é fazer o autoexame, é necessário também a mamografia e ultrassom para que o diagnóstico seja assertivo”, informa o mastologista Pádua Filho sobre os principais riscos e formas de prevenção da doença.
Dados de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontam que cerca de 31% do gênero masculino não tem o hábito de ir ao médico e, quando o fazem, 70% tiveram a influência da mulher ou de filhos. Essas estimativas sugerem que pela baixa procura de consultas médicas e exames, por exemplo, problemas de saúde podem surgir ou serem agravados.
O exame de mamografia é a principal tecnologia a serviço das mulheres para o diagnóstico precoce do câncer de mama, que implica em maiores chances de vencer a doença. “Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco da mulher desenvolverem câncer de mama. Controlar o peso corporal e evitar a obesidade por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos. A amamentação também é considerada um fator protetor. Na DMI, todos os públicos terão consultas e exames precisos para a prevenção e tratamento dessa doença”, recomenda a mastologista Mayra Moreira.