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Número de mortes violentas em 2021 foi o maior em 11 anos no Piauí

o Piauí aparece em segundo lugar no ranking dos estados com mais registros de mortes violentas intencionais, atrás apenas de Alagoas.

29/06/2022 13:09

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, divulgados nesta quarta-feira (29), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Piauí aparece em segundo lugar no ranking dos estados com mais registros de mortes violentas intencionais (MVI). O Estado fica atrás apenas de Alagoas. 

Considerando os números absolutos de mortes violentas intencionais registradas no Piauí, entre 2011 (349) e 2021 (782), o ano passado encerrou como o mais violento. Ao analisar os óbitos registrados em 2021 e 2020 (707), observa-se um aumento de 10%.


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Quando consideradas as taxas absolutas de mortes violentas intencionais registradas entre os anos de 2011 a 2021, observa-se um aumento de 113,9%. O percentual supera o de Alagoas, que teve uma redução de 58,4%.

No relatório, destaca-se que  o pico de violência letal deu-se em 2017, quando o país registrou 30,9 Mortes Violentas Intencionais para cada 100 habitantes. A partir de 2018 iniciou-se uma tendência de queda nos índices de mortes. Em 2021, o Brasil registrou 22,3 Mortes Violentas Intencionais para cada grupo de 100 mil habitantes, redução de 6,5% na taxa de MVI em relação a 2020.

(Foto: Reprodução)

As mortes violentas intencionais incluem homicídios dolosos, latrocínios (roubos seguidos de morte), lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais, e possuem dinâmicas que as caracterizam, por definição, como derivadas de fenômenos multicausais. Não há uma única causa capaz de explicar a tendência das MVI, que é a associação de múltiplas causas e fatores. Assim, podemos falar de fatores preponderantes, mas jamais de causa única.

Além disso, a redução de 6,5% na taxa de MVI em 2021, em relação a 2020, no âmbito nacional, não ocorreu de forma homogênea nas 27 Unidades da Federação, sendo que, inclusive, em seis delas houve aumento no número de mortes. Fatores locais e/ou regionais são igualmente importantes para a compreensão da tendência da violência letal no país.

Por mais que a redução no número de MVI seja inegável e tenha atingido até mesmo as Mortes Decorrentes de Intervenções Policiais, que cresceram, em termos absolutos, 177,8% entre 2013 e 2020 e, em 2021, caíram 4,9%, o Brasil ainda convive com cenários de violência extrema que preocupam muito e revelam a fragilidade dos arranjos institucionais da segurança pública no país.

Esta violência extrema, em 2021, também incluiu 65.225 desaparecimentos e 14.353 suicídios, que cresceram, respectivamente, em 3,2% e 7,4% em relação a 2020. Já na mesma tendência de redução das MVI, temos que ter em mente que a violência extrema que marca o Brasil passa ainda por 32.634 tentativas de homicídios e 9.435 mortes a esclarecer, cujas quedas nos registros em relação a 2020 foi de, respectivamente, 5,6% e 16,1%.

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