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Piauí discute protocolo integrado para combater violência contra a mulher

Um grupo de trabalho foi criado com profissionais de várias secretarias estaduais e terá 30 dias para apresentar o resultado

31/01/2023 17:55

O Governo do Piauí está elaborando um protocolo integrado para combater a violência contra a mulher no Estado. O grupo de trabalho deve finalizar o documento no prazo de 30 dias e envolverá setores da saúde, segurança, assistência social e estabelecimentos públicos e privados.

“Esse grupo tem 30 dias para apresentar uma proposta para que a gente possa estar implementando em vários espaços, seja estabelecimentos comerciais e escolas. É pensar estratégias para facilitar os boletins de ocorrências e melhorar a comunicação. Número de WhatsApp também será liberado assim como capacitação”, disse a secretária da Mulher do Governo do Estado, Zenaide Lustosa


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A delegada do Departamento Estadual de Proteção à Mulher, Bruna Fontenele, informou nesta terça-feira (31) durante reunião na sede da Secretaria de Segurança Pública que a medida servirá como um complemento dos atendimentos já prestados todos os dias através do 190 e Patrulha Maria da Penha, por exemplo. 

Foto: Otávio Neto / O Dia

“O que vai ser feito a partir de agora é um grupo de trabalho para nortear e formalizar todo esse atendimento. Nós estamos discutindo um protocolo local que atendam melhor a nossa demanda. Um protocolo integrado envolvendo a saúde, a segurança e a assistência social para que a gente tenha o acompanhamento da mulher desde o fato, quando acontece, até nos encaminhamentos possíveis do caso”, disse a delegada. 

O secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, explicou que a uniformização do protocolo já era uma pretensão da SSP, porém, foi antecipado após a morte brutal da estudante de jornalismo Janaína Bezerra, 21 anos, dentro do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI)  Segundo a polícia, a jovem foi estuprada e morta durante uma calourada. 

“Esse trabalho já era feito por esse grupo de profissionais. Infelizmente essa morte antecipou o debate, mas já havia as campanhas como a “Não é Não”, no Carnaval. Não podemos naturalizar nenhum tipo de violência contra a mulher. Muitas vezes terceirizamos colocando só na responsabilidade dos atores estatais, quando na verdade é um problema doméstico, de educação, de saúde. Temos que envolver bares, restaurantes, os veículos de comunicação”, disse. 

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