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Piauí está entre os estados com maior número de queimadas em 2022

Ao todo, 927 ocorrências foram registradas desde janeiro deste ano.

29/07/2022 09:25

O Piauí é um dos estados com maior número de focos de queimadas desde janeiro deste ano. Segundo a plataforma de monitoramento do Inpe, o estado ocupada a 9ª posição entre os 10 estados com mais focos de queimadas detectados pelos satélites do Inpe. Ao todo, 927 ocorrências foram registradas somente em 2022.


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 Entre os dez estados com mais focos de queimadas detectados pelos satélites do Inpe, desde janeiro, estão o Mato Grosso, com 7.859; Tocantins, com 3.920; Maranhão, com 3.170; Minas Gerais, com 2.039; Bahia, com 2.001; Pará, com 1.777; Goiás, com 1.567; Mato Grosso do Sul, com 1.394; Piauí, com 927; e São Paulo, com 761.

Foto: Arquivo O Dia

A plataforma revela ainda que, com a chegada do período mais seco, focos de queimadas aumentaram no Cerrado e Amazônia. Os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que formam a região conhecida como Matopiba, se destacam entre os que mais estão queimando os seus ecossistemas. Predominante nessas áreas, o Cerrado tem sido alvo da monocultura de grãos, a exemplo da soja, entre outras atividades agropecuárias, que se expandiu entre os quatro estados a partir da segunda metade dos anos 1980.

Os focos de incêndios detectados de 1º de janeiro a 20 de julho no Cerrado e na Amazônia já são maiores do que os detectados no mesmo período do ano passado. Desde o começo do ano, os números tornam-se cada vez mais alarmantes: foram 15.121 focos de incêndios no Cerrado e 9.556 na Amazônia. No acumulado do ano, o número de queimadas no Cerrado é quase três vezes maior que na Mata Atlântica, onde foram detectados 3.303 focos. Já em relação à Amazônia o número equivale ao dobro.

Se considerado apenas o mês de julho (até o dia 20), Maranhão (1.412 focos), Tocantins (1.145), Mato Grosso (1.019), Pará (653), Minas Gerais (546) e Goiás (349) lideram o ranking de estados com mais focos de incêndios. Bahia, Piauí e Amazonas também registraram mais de 300 focos de queimadas no decorrer do mês.

Com a chegada do período mais seco, os altos números também preocupam nos estados que compõem a Amazônia Legal (Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e Amazonas, principalmente), nos quais as ocorrências de queimadas estão frequentemente associadas à devastação das florestas e à posterior grilagem de terras, assim como ao avanço sobre áreas protegidas e terras públicas.

O aumento de doenças respiratórias está entre os inúmeros prejuízos causados pelos incêndios à população dessas regiões. Outros problemas incluem a perda de patrimônio socioambiental e cultural, como as áreas de uso familiar ou coletivo atingidas pelo fogo criminoso, as faixas de florestas e cerrado que representam habitats para muitas espécies animais e vegetais e mesmo os sítios arqueológicos ainda desconhecidos por instituições de pesquisa e comunidades do entorno.

Municípios

A maior parte dos municípios com altos números de queimadas detectados desde o início do ano está concentrada no estado do Mato Grosso, no qual se localizam faixas tanto de Cerrado quanto de Amazônia.

Entre os 10 que registraram o maior número de queimadas detectadas de 1º de janeiro a 20 de julho, estão Corumbá (MS), com 483 focos; Feliz Natal (MT), com 482; Nova Ubiratã (MT), com 480; Formoso do Araguia (TO), com 414; Lagoa da Confusão (TO), com 412; União do Sul (MT), com 392; Nova Maringá (MT), com 390; Tangará da Serra (MT), com 364; Fernando Falcão (MA), com 332; e Marcelândia (MT), com 319.


Edição: Com informações do INPE.
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