No Piauí, 719 pessoas estão na fila de espera para transplante de órgãos. Destes, 387 esperam pelo recebimento de córnea e 332 aguardam recebimento de um rim. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (26) pela Central Estadual de Transplantes. Durante toda a semana, o Piauí realiza ações alusivas à conscientização da população para a importância da doação de órgãos.
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De janeiro a setembro deste ano, o Estado realizou 148 transplantes de órgãos. Foram 127 de córneas e 21 de rim. Também foram efetivadas 11 retiradas de fígados e feitas 58 doações de pacientes que tiveram parada cardiorrespiratória e 15 através de pessoas que faleceram por morte encefálica.
O número de doações e de transplantes segue dentro do mesmo patamar que foi registrado em 2021. Em todo o ano passado, foram realizados 31 transplantes de rim e 183 de córnea, além da retirada de 23 fígados. Foram feitas ainda 86 doações de pacientes que faleceram por morte de parada cardiorrespiratória e 26 por morte encefálica.
Piauí tem 719 pessoas na fila de espera para transplante de órgãos - Foto: Assis Fernandes/O Dia
A lista de espera por um transplante de órgão é única e organizada por estado ou região com monitoramento pelo Sistema Nacional de Transplantes.
A Central Estadual de Transplantes reforçou a necessidade de aumentar o número de doações e transplantes e faz um apelo às famílias que perdem algum de seus membros. “A morte de um ente querido é sempre uma situação difícil para toda a família, mas é justamente nesse momento de perda que o sofrimento pode ser transformado em um ato de esperança ao dar uma nova vida para pessoas que aguardam em lista de espera por um transplante de órgãos ou tecidos. Precisamos conscientizar as pessoas que essa atitude pode trazer esperança para muita gente”, destaca a coordenadora da Central, Lourdes Veras.
Lourdes Veras é coordenadora da Central Estadual de Transplantes - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Para ela, a desproporção entre a quantidade de pacientes na lista de espera e a quantidade de doações pode ser amenizada por meio da informação. É importante que as famílias conheçam o procedimento, que começa com o diagnóstico de morte encefálica de um potencial doador e termina na recuperação do paciente que recebeu um, novo órgão.
No Brasil, a remoção de órgãos só pode ser realizada após autorização familiar. A legislação determina que a família seja a responsável pela decisão final. A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada é fazer com que a família saiba sobre o desejo de doar do parente falecido.
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Semana será marcada por ações de incentivo à doação de órgãos
É com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos que a Central Estadual de Transplantes promove durante toda esta semana uma série de ações alusivas à causa. Intitulada de "Doe Órgãos, a vida precisa continuar”, a campanha terá abertura amanhã (27) quando se comemora do Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos. A abertura se dará com uma celebração na Capela do Hospital Getúlio Vargas.
“Vamos estar a semana toda visitando os hospitais, que são os pontos de onde estas doações normalmente acontecem. Vamos levar informações que são essenciais para o esclarecimento sobre a necessidade da doação de órgãos”, explicou Lourdes Veras, coordenadora da Central Estadual de Transplantes.
Na quarta-feira (28), acontecerá uma caminhada na Ponte Estaiada em pro da doação de órgãos e tecidos.