A família do bebê de 11 meses que faleceu após dar entrada no Hospital Municipal da Criança, no bairro Parque Piauí, apresentou à imprensa a declaração de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML). O documento aponta que a causa da morte é indeterminada. Contudo, a mãe da criança, uma adolescente de 16 anos, defende que o filho morreu vítima de engasgo.
Foto: Jailson Soares/O Dia
"Isso é ruim para mim porque eu recebi a notícia que meu filho morreu e agora isso. Está todo mundo me ameaçando. Ele estava gripado faz dias e acho que ele estava tentando tirar o catarro e se engasgou", afirma a mãe.
Segundo o relato da adolescente, ao chegar ao hospital, a criança ainda estava respirando. Por volta das 19h, a mãe e a bisavó da criança foram informadas pela equipe médica que o bebê havia falecido. Após isso, as duas dizem ter esperado no hospital até por volta de meia-noite, momento em que foram mandadas embora.
Foto: Jailson Soares/O Dia
"O médico disse que a gente podia ir embora que não tinha mais nada para resolver. Eles disseram que iam fazer um exame porque acharam pão e presunto na fralda, mas eu justifiquei que o outro menor estava colocando na fralda, travessura de criança", disse a bisavó sobre a denúncia de maus tratos, afirmando que irá acionar a Justiça contra o médico que atendeu o bebê.
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O hospital afirmou que a criança chegou na unidade por volta das 18h40min trazida nos braços pela mãe e foi atendida imediatamente pela equipe de plantão. “A criança chegou ao hospital nos braços da mãe e imediatamente foi atendida pela equipe médica de plantão que seguiu todos os protocolos de saúde”, disse o hospital em comunicado.
Foto: Divulgação / PMT
A direção da unidade de saúde esclareceu que o bebê já chegou sem vida no local e que a mãe fugiu do hospital. “Como a criança chegou sem vida e a mãe fugiu do local o hospital fez boletim de ocorrência e o corpo foi entregue ao IML para apurar a causa da morte”, informou.
À imprensa, o coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Barêtta, disse que as investigações que serão comandadas pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) já ouviu testemunhas que se encontravam no hospital quando a mãe chegou com o bebê.
O delegado revelou ainda que já foram levantadas informações que serão anexadas no inquérito policial. Para ele, apenas com os resultados dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) será possível afirmar se houve maus-tratos contra o bebê.