O cachorro que foi filmado sendo vítima de maus tratos na cidade de Floriano, a 247 km de Teresina, foi resgatado na tarde desta quinta-feira (04). O resgate do cachorro foi feito por equipes da Polícia Civil de Floriano e por protetores de animais. Nas imagens que viralizaram é possível ver o tutor, identificado pelas iniciais J. F. S., espancando o animal com um cinto.
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No momento do resgate, a família alegou que o agressor tem problema de alcoolismo e agrediu o cão quando estava embriagado. A deputada Tereza Britto (PV) participou do resgate e afirmou que o cachorro já havia sido vítima de maus tratos outras vezes. Apesar das agressões, o animal é dócil e não demostrou estresse ou qualquer sinal de agressividade.
Foto: Divulgação/Ascom
"Esse crime não pode ficar impune e isso tem que servir de exemplo para que ninguém aqui faça esse tipo de maldade com os animais, porque maltratar animais é crime, dá até 6 anos de reclusão. O Animal não é objeto, é um ser vivo que merece carinho, amor, atenção e proteção. Então, como Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Piauí e protetora dos animais recebendo essa denúncia, jamais deixarei impune", disse a deputada Teresa Britto, que ficará responsável pelo animal durante o processo judicial.
O tutor do animal se evadiu do local e ainda não foi localizado. Segundo a titular da Delegacia de Floriano, a delegada Amanda Estevam, outros dois animais estavam na residência no momento do resgate. Contudo, por não haver sinais de que estes também teriam sido vítimas de maus tratos, apenas o cão que aparece nas imagens foi retirado do imóvel.
Foto: Divulgação/Ascom
"Na residência, foi averiguado que era de fato o local onde foi ocorrido o fato, praticado por um indivíduo, que não estava presente no momento da abordagem. Naquele momento, tinha outros dois animais no imóvel, aparentemente saudáveis e sem sinais de maus-tratos, todavia diante dos fatos registrados através do vídeo, foi feito o resgate do cachorro que aparece nas imagens e com isso será feito os procedimentos cabíveis relacionados aos fatos registrados no vídeo", informou a delegada.
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para investigar o caso. A delegada afirmou ainda que os familiares do tutor, que moram na mesma residência, deverão ser ouvidos durante a investigação. Já o tutor poderá apresentar documentação que comprove ter problemas de saúde. Segundo a lei, o crie de maus-tratos é passível de pena de até 4 anos de prisão.