Será julgado pelo Tribunal Popular do Júri, na próxima quarta-feira (24), o ex-tenente do Exército Brasileiro, José Ricardo da Silva Neto, acusado de matar a tiros a estudante de arquitetura Iarla Lima Barbosa e tentar matar a irmã de Iarla, Ilana Lima Barbosa, e a amiga, Joseane Mesquita da Silva. O julgamento está marcado para ocorrer às 8h30 no Plenário do Fórum Criminal de Teresina.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
A família das vítimas informou ao O Dia, na manhã de hoje, que o réu não havia sido localizado para ser intimado a comparecer ao julgamento. Contudo, segundo a assistente de acusação, a advogada Karla Oliveira, a defesa do acusado se manifestou nos autos ressaltando que a primeira carta precatória recebida pelo acusado já havia sido assinada, confirmando assim a sua intimação.
No julgamento, o júri popular, composto por cidadãos comuns, irá decidir se o ex-tenente é culpado de matar a tiros a ex-namorada, Iarla Lima, e tentar matar as outras duas vítimas, Ilana Lima e Joseane Mesquita.
José Ricardo da Silva Neto deverá ser julgado por homicídio consumado e por dupla tentativa de homicídio, por motivo fútil, sem possibilidade de defesa das vítimas e por menosprezo contra a condição das vítimas por pertencerem ao gênero feminino (feminicídio). Se condenado, a pena pode ultrapassar 30 anos de reclusão.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Entenda o caso
Segundo a denúncia do Ministério Público, a estudante Iarla Lima Barbosa foi morta a tiros pelo então namorado, o ex-tenente do Exército Brasileiro, José Ricardo da Silva Neto, após deixarem uma festa em um bar na avenida Nossa Senhora de Fátima, na zona Leste de Teresina.
Além de Iarla, o ex-tenente também teria efetuado disparos de arma de fogo contra a irmã de Iarla, Ilana Lima Barbosa, e uma amiga, Joseane Mesquita da Silva. O crime aconteceu dentro do carro do acusado.
Na audiência de instrução e julgamento do caso, ocorrida no dia 22 de novembro de 2017, o acusado confessou ter atirado contra a namorada, mas não confirmou que o crime teria sido motivado por ciúmes. Após o crime, o ex-tenente empreendeu fuga até o seu apartamento, com o corpo da jovem ainda dentro do veículo.
Ao prestar depoimento como testemunha de acusação sobre a morte de sua irmã, Ilana Lima Barbosa disse que Iarla tinha a intenção de terminar o namoro com José Ricardo Silva Neto no dia em que foi assassinada pelo namorado.
Segundo a jovem de 23 anos, José Ricardo costumava ter um comportamento ciumento com Iarla e já havia tentado mais de uma vez descobrir a senha do celular dela.
José Ricardo da Silva Neto foi solto pela Justiça em 2018 e aguarda o julgamento em liberdade provisória seguindo medidas cautelares impostas pela Justiça.