A polícia confirmou que os corpos
encontrados decapitados em um matagal às margens da Avenida Josué de Moura Santos, na
zona Norte de Teresina, na manhã desta quarta-feira (17/06), têm relação
com a morte do motorista de aplicativo Fabrício Ribeiro, assassinado por dentro
do próprio quarto no último domingo (14), na Vila Cristalina, região do bairro Água
Mineral.
Investigações preliminares apontam que
os dois homens foram condenados no “tribunal do crime” por matarem Fabrício
Ribeiro sem que ele fosse o verdadeiro alvo dos assassinos. O motorista de
aplicativo foi morto depois que um homem identificado por Felipe que comprava
cachorro-quente na venda que a família mantem na porta de casa foi alvejado por
disparos e correu para o quanto onde Fabrício dormia. Os atiradores perseguiram
a vítimas e praticaram o duplo homicídio.
O tenente Elivaldo Morais, da Força
Tarefa da Polícia Militar, foi um dos primeiros a chegar ao local do crime e
ouviu relatos de pessoas que conheciam os suspeitos. “Informações de
algumas pessoas que estiveram no local é que possivelmente o crime seja uma
retaliação com relação o duplo homicídio que aconteceu na Água Mineral dias
atrás onde os elementos mataram um desafeto e mataram também um motorista de
aplicativo que não tinha nada haver. Podemos dizer que esse crime também tem
relação com facções criminosas”, comentou.

Tenente Elivaldo Morais, da Força Tarefa da Polícia Militar (Foto: Jailson Soares / O DIA)
Os dois corpos decapitados foram identificados por familiares no Instituto Médico Legal (IML). Trata-se de João Victor Valadão, 21
anos, e Tiago Anderson Alves Rocha, de 32 anos, mais conhecido como “Pequi”. Os
dois são conhecidos da polícia pelo envolvimento no tráfico de drogas, roubos e
homicídios.
Na tarde desta quarta-feira (17/06), um homem identificado como Francisco Chagas Machado Carvalho , mais conhecido como "Tiquira", foi
preso no Bairro Mafrense, zona Norte, suspeito de envolvimento no crime que
decapitou os dois homens. Com ele, os policiais encontraram uma escopeta
calibre 12, munições e uma faca. O caso é investigado pelo Departamento de
Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Por: Otávio Neto
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