Em entrevista ao O DIA, na tarde desta quinta-feira (19), a titular da Delegacia de Proteção aos Direitos da Mulher, delegada Vilma Alves, confirmou que a mulher vítima de estupro no Hospital São Marcos é cunhada e madrinha dos dois filhos do enfermeiro suspeito de ter cometido o crime.
De acordo com a delegada, o suspeito usou da confiança da vítima para conseguir dopá-la com uma medicação e praticar o estupro, já que os dois são da mesma família. O enfermeiro é casado com a irmã da mulher vítima do estupro.
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Delegada Vilma Alves. (Foto: Jailson Soares/O Dia)
A mulher estava acompanhando o sogro, de 86 anos, que havia passado por uma cirurgia no hospital, quando teria sido dopada pelo cunhado. Segundo a delegada, o suspeito estava de plantão na noite do crime e se prontificou a ajudar a mulher nos cuidados ao sogro, para conseguir dopar a vítima e praticar o crime sexual.
"Ele estava lá e disse que também podia dar uma ajuda e deu um remédio para ela, ela foi dopada, segundo a informação prestada por ela. Ela disse que aconteceu o estupro e imediatamente ela foi para a Central de Flagrantes, registrou o boletim de ocorrência e foi encaminhada para a Maternidade Evangelina Rosa para fazer o exame de corpo delito. Ela já fez todo os exames, está medicada e nós estamos fazendo todo o procedimento que deve ser feito", explicou a delegada Vilma.
O enfermeiro está solto e deverá prestar depoimento à Polícia Civil até a próxima semana. A identidade da vítima e do suspeito foram preservadas.
O estupro é considerado crime hediondo pela legislação brasileira. Caso o enfermeiro seja condenado pela crime, poderá ser penalizado com reclusão de 6 a 10 anos.
Entenda o caso
Um enfermeiro que não teve a identidade revelada é suspeito de ter estuprado a acompanhante de um paciente no Hospital São Marcos, em Teresina. O suspeito teria dopado a vítima com uma medicação para praticar o crime. Em nota, o Hospital São Marcos informou que tomou conhecimento do crime através da imprensa e esclareceu que não existe a prática de administração de quaisquer medicamentos para acompanhantes de pacientes. "Caso isso tenha ocorrido, foi a partir de uma situação específica, relação pessoal de confiança que havia entre a vítima e o suposto agressor", informou a unidade de saúde.