Home
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), em parceria com a Eletrobras Piauí, prendeu três pessoas durante uma operação deflagrada nos municípios de Picos e Oeiras para combater o furto de energia. Trata-se de dois médicos e um empresário, dono de uma rede motéis. A informação é do delegado Kleydson Ferreira, do GRECO e que coordena a ação.
A ação teve início nessa quinta-feira (03) na cidade de Oeiras onde foi preso em flagrante o empresário, identificado como Joaquim Dias. No local de sua prisão, foram encontrados 16 condicionadores de ar, 16 frigobares e televisores, todos os equipamentos instalados com carga desviada do equipamento de medição da unidade consumidora fiscalizada. A energia total desviada chega 219 MWh, o que equivale ao um prejuízo de R$ 157 mil aos cofres da empresa.
Segundo o delegado Kleydson Ferreira, mais de 20 pessoas já foram presas este ano no Piauí por furto de energia
A Operação seguiu na manhã de hoje (04) na cidade de Picos e resultou na prisão de dois médicos também pelo crime de desvio de energia. A Eletrobras Piauí informou que já monitorava através de seu sistema comercial as divergências entre o histórico de consumo e a carga instalada nas duas residências. Segundo o gerente do Departamento de Medição e Combate às Perdas, Renan Carvalho, cerca de 18% da energia que é distribuída acaba sendo perdida em decorrência de desvios e fraude, principalmente em estabelecimentos comerciais.
De acordo com o delegado Kleydson, desde a parceria firmada com a Eletrobras no começo do ano, estima-se que o GRECO já tenha prendido pelo menos 20 pessoas por roubo ou furto de energia. "Eles instalam um ímã no contador que impede o aparelho de trabalhar como deve, como se o segurasse para que ele não contasse corretamente o consumo, resultando sempre em valores mais baixos ao que realmente se consumia", explica o delegado.
O desvio de energia é caracterizado quando a energia é ligada diretamente da rede elétrica, sem o conhecimento e a autorização da Distribuidora. Já a fraude acontece quando é realizada qualquer ação para adulterar o funcionamento do equipamento de medição instalado, que passa a registrar apenas parcialmente o consumo de energia. Ambos configuram crimes previstos no Código Penal, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão.