Um assaltante foi morto e outro gravemente ferido durante uma tentativa de assalto na Avenida Gil Martins, bairro Tabuleta, zona sul de Teresina. O caso aconteceu por volta das 17h desta terça-feira (28) e atraiu a atenção de centenas de curiosos.
O homem trabalhava na pintura de um portão quando foi rendido pela dupla. Obrigado a entregar um colar, ele esperou os assaltantes retornarem para o veículo antes de reagir.
Quando os criminosos montaram na motocicleta para deixar do local, a vítima sacou uma arma e agiu. Apesar de estarem armados com revólveres calibre 38, os assaltantes sequer revidaram. Vários tiros foram disparados, acertando o tórax e o abdómen de ambos.
Os dois jovens caíram com a moto. Um deles, identificado apenas como �‰dson, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. O outro, Francisco Anderson da Silva, 19 anos, foi socorrido e levado para o Hospital de Urgências de Teresina (HUT). Submetido a uma cirurgia, está fora de risco.
O atirador permanece foragido. A identidade ainda é desconhecida. Suspeita-se tratar-se de um policial.
Série de assaltos
Logo após a troca de tiros na Avenida Gil Martins, várias pessoas chegaram ao local para reconhecer os criminosos baleados. Eram vítimas recentes da dupla.
O primeiro crime aconteceu em Timon, por volta de 16h. Armados, �‰dson e Francisco renderam um jovem e roubaram uma motocicleta de 150 cilindradas. O veículo seria usado em uma série de outros assaltos.
A advogada Maria Amy foi abordada às 16h20 no bairro Saci, zona sul de Teresina. �€œEu estava em uma pracinha que fica em frente à minha casa. Eles chegaram de moto e pediram a bolsa. Eu disse que não entregava. Aí um deles desceu, me segurou e tomou á força�€, conta. Ela registrava a queixa do roubo no 4º Distrito Policial quando soube do tiroteio.
O mesmo aconteceu com a empregada doméstica Madalena Maria. Ela foi assaltada no bairro Macaúba, também na zona sul. Entregou celular e bolsa a dois homens em uma moto vermelha. �€œQuando eu registrava o Boletim de Ocorrência no 3º Distrito, me disseram que tinham pegado eles e eu vim aqui reconhecer. Foram eles�€, assegura.
O mecânico M.F. conta história semelhante. Ele atendia um cliente em sua oficina, no bairro Cristo Rei, quando a dupla invadiu o estabelecimento e anunciou o assalto. Levaram carteiras, celulares, colares e pulseiras. Ao saber que uma vítima reagiu e baleou os jovens, ele fez questão de reconhecer os dois.
�€œPrimeiro fui lá no HUT e vi um deles. Depois corri pra reconhecer esse aí�€, fala, referindo-se ao assaltante caído no asfalto da Avenida Gil Martins.
De acordo com o capitão Fábio Abreu, do grupamento Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), pelo menos 10 vítimas dos assaltantes compareceram ao local do tiroteio para reconhecer os criminosos.
Fotos: Rômulo Maia/portalODIA.com