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'Ela ia terminar o namoro no dia em que foi morta', afirma irmã de Iarla

Em depoimento ao juiz Antonio Nolleto, Ilana Barbosa, disse que o relacionamento dos dois era marcado por ciúmes por parte do militar

22/11/2017 09:43

Atualizada às 12:11


Primeira testemunha de acusação a ser ouvida foi o Capitão Nepomuceno, do Rone. Foto: Assis Fernandes/ODIA

Como primeira testemunha de acusação, foi ouvido o capitão Nepomuceno, do Rone, que atendeu à ocorrência do crime na época. Em depoimento o capitão afirmou que Silva Neto feriu a própria perna e em seguida ligou para a mãe de um amigo, identificado como Arthur, contando que estava ferido e que tinham tentado ataca-lo. Após está ligação, Arthur teria ido até o apartamento de José e acionado a polícia.

O tenente explica que os oficiais perceberam que havia algo errado na história porque antes da ligação de Arthur, a guarnição já havia recebido outra ligação com informações de um corpo dentro de um carro, no condomínio onde o acusado morava. 



Atualizada às 11:22


Irmã e prima fazem tatuagem para homenagear Iarla Lima. Foto: Assis Fernandes/ODIA

Após o depoimento de Illana, a segunda testemunha a ser ouvida foi Joseane Mesquita, amiga que estava no mesmo veículo junto com Iarla e Illana, no momento em que aconteceu o crime. 

Joseane afirmou que só sobreviveu ao tiro que a atingiu no peito por que a bala pegou no aro do seu sutiã. A jovem ainda está com a bala alojada em seu corpo, pois se o projétil for removido corre risco de lesionar uma artéria e haver perca dos movimentos no braço direito. 

Durante toda manhã foram ouvidas duas vítimas, Illana Lima – irmã de Iarla- e Joseane Mesquita, amiga de Iarla. Ao todo serão ouvidas 19 testemunhas nesta fase de instrução, sendo 11 de defesa e 8 de acusação.


Atualizada às 10:25

Ao prestar depoimento como testemunha de acusação sobre a morte de sua irmã, Ilana Lima Barbosa disse que Iarla tinha a intenção de terminar o namoro com José Ricardo Silva Neto no dia em que foi assassinada pelo namorado.

Segundo a jovem de 23 anos, José Ricardo costumava ter um comportamento ciumento com Iarla e já havia tentado mais de uma vez descobrir a senha do celular dela. "Ele vivia de olho em cada gesto dela. Na noite mesmo do crime, nós fomos ao banheiro antes de sairmos do bar e ele ficava observando cada passo que ela dava. Tanto que quando chamou pra ir embora dizendo que estava passando mal, ele foi pegar a gente na porta do banheiro. Já esperava por ela na porta", diz.

A irmã de Iarla relatou ainda que José Ricardo agiu normalmente quando saíram do bar. O acusado ria e conversava com a vítima e em momento algum deu a entender que estava com algum problema em relação à namorada.


Prestam depoimento em juízo, na manhã de hoje (22), as testemunhas de defesa e de acusação do caso Iarla Lima, que foi assassinada em 19 de junho pelo namorado e ex-tenente do Exército, José Ricardo da Silva Neto. Entre as testemunhas de acusação estão as outras duas vítimas do crime: Ilana Lima Barbosa, irmã da Iarla, e Joseane Mesquita da Silva, amiga da jovem.


A irmã e a amiga que estavam com Iarla dentro do veículo na hora do crime foram ouvidas nesta manhã. Foto: Assis Fernandes/ODIA

Uma testemunha não compareceu e o Ministério Público pediu sua condução coercitiva. Identificado apenas como Isac, o homem foi devidamente intimado. Diante disso, o juiz Antonio Nolleto acatou o pedido do MP e determinou que um oficial de justiça compareça ao endereço da testemunha, acompanhado de força policial, e o traga ao tribunal.

A primeira testemunha a ser ouvida é a irmã de Iarla, Ilana Barbosa. O juiz pediu que as outras testemunhas se dirigissem a uma sala diferente, para não ouvirem o relato umas das outras. 

Além das outras duas vítimas do crime, também devem ser ouvidos ainda hoje amigos do ex tenente Ricardo Neto e oficiais da PM que atenderam à ocorrência.

Para a assistente jurídica da acusação, a advogada Karla Oliveira, há provas materiais contundentes que apontam a culpa de José Ricardo no assassinato de Iarla e nas lesões corporais de Ilana e Joseane. A advogada explica que o ex-tenente chegou a ligar para amigos, colegas de farda do Exército, admitindo que tinha matado Iarla e que estava com o corpo dela em seu veículo. "Nós queremos a condenação porque já está mais do que claro a autoria do crime. As provas não negam", declarou.

Por: Geici Mello com Flash de Maria Clara Estrêla
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