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Maus-tratos: polícia conclui que filhotes de cachorro morreram por excesso de calor

Animais foram deixados no sol pela tutora e acabaram tendo um colapso cardiorrespiratório, diz o laudo cadavérico.

18/11/2020 11:48

A Delegacia do Meio Ambiente e Proteção aos Animais (DPMA) concluiu o inquérito do primeiro caso de biocídio registrado em Teresina. Trata-se de sete filhotes de cachorro que foram mortos pela própria tutora no bairro Água Mineral, zona Norte da Capital. A denúncia foi feita por protetores de animais no mês passado e a responsável pelos cães acabou presa por crime de assassinato de animal.

Conforme o laudo cadavérico emitido pelo Centro de Zoonoses de Teresina, a causa da morte dos sete filhotes de cachorro foi um colapso cardiorrespiratório associado a lesões macroscópicas provocadas pelo calor evidenciado na presença de bolhas rompidas na pele dos animais. “Os peritos veterinários sugeriram como causa da morte a hipertermia por calor extremo”, conclui o laudo.


Foto: O Dia

tutora dos animais foi presa na semana passada enquadrada no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais recentemente sancionada. A pena prevista para os casos de maus tratos e morte de animais domésticos pode ir a até cinco anos de reclusão.

Além deste caso, a Delegacia de Meio Ambiente também concluiu o inquérito relacionado à cadela Lua, cuja tutora era a protetora independente de animais Thanandra Stefany, que denunciou o ocorrido junto à Polícia Civil acusando sua vizinha de ter sido a responsável pelo envenenamento.

A Delegacia do Meio Ambiente concluiu pelo laudo cadavérico do Centro de Zoonoses que não houve envenenamento do animal neste caso. “Pelas amostras colhidas no estômago da cadela Lua não foi detectada substância tóxica com potencial de letalidade, ou seja, conclui-se que a causa da morte não ocorreu por envenenamento”, diz o laudo.

O inquérito policial referente à morte da cadela Lua será encaminhado à justiça, mas sem o indiciamento da acusada. 

Por: Maria Clara Estrêla
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