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Mulher que matou a vizinha a facadas em Teresina vai a júri popular

Maria Lúcia Pinheiro de Melo Santos atingiu Ana Lopes Neta a facadas no meio da rua no bairro Taquari em uma briga pela limpeza do esgoto e dos limites de seus terrenos.

28/07/2021 10:19

A senhora Maria Lúcia Pinheiro de Melo Santos, acusada de ter matado a vizinha, dona Ana Lopes Neta, a facadas em Teresina, será julgada pelo Tribunal do Júri. O caso aconteceu no dia 25 de setembro de 2020 no bairro Taquari e, segundo os autos do processo, o crime teria sido motivado pelas discussões constantes entre vítima e acusada por conta da limpeza do esgoto e dos limites do terreno de suas casas.

Ao todo, nove testemunhas foram ouvidas durante a fase de instrução do processo. Todas as de acusação convergiram em seus depoimentos quando relataram em juízo terem ouvido o grito de socorro de Ana Lopes Neta no momento em que foi atingida pelo golpe de faca desferido por Maria Lúcia. Uma delas chegou a afirmar que viu a acusada deixando o local do crime, que ocorreu no meio da rua, e se agachar próximo ao esgoto, onde, posteriormente, a arma do crime foi localizada.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Uma das testemunhas de defesa relatou inclusive que sabia das animosidades entre Ana Lopes e Maria Lúcia, e que chegou a receber um bilhete da vítima pedindo que conversasse com a acusada pedindo para que ela evitasse conflitos futuros. Nos relatos constam ainda que as duas já haviam trocado agressões físicas anteriores.

Ao prestar depoimento na audiência de instrução, a acusada, dona Maria Lúcia negou que tenha cometido o crime, disse que tinha esquecido o celular em casa e que não se lembra de ter encontrado com Ana Lopes no dia do ocorrido. “Disse que viu apenas algumas mulheres que a alertaram sobre uma pessoa que estava assaltando pela região e que, ao chegar em casa, viu muitas pessoas próximas, ficou assustada e pegou um ônibus em direção a Barras, pois tinha compromissos naquela cidade”, diz a peça judicial.

Diante do relatado nos autos, a juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, decidiu que o julgamento de Maria Lúcia Pinheiro deverá ser feito pelo Conselho de Sentença – Júri Popular – que deverá analisar, dentre outros pontos, as desavenças anteriores entre a acusada e a vítima constituíam motivação para o delito e se tal motivação se enquadra como fútil ou não. O Conselho também decidirá se a vítima foi surpreendida com os golpes de faca e se tal surpresa a impossibilitou de se defender.

Até o julgamento Maria Lúcia deverá permanecer cumprindo medida cautelar. Ela se encontra respondendo ao processo em liberdade.

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