A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (07), a Operação Balaio, com o objetivo de desarticular quadrilhas especializadas em fraude na obtenção de benefícios de pensão por morte no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No decorrer das investigações, foram identificados 397 benefícios de pensão por morte de trabalhador rural atrelados às associações criminosas com fortes indícios de fraude.
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Foto: Divulgação/PF
O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais de R$ 81,7 milhões e se estima, ainda, que a economia futura para o INSS com a identificação e revisão administrativa destes benefícios pode chegar a R$ 119 milhões. O cálculo foi feito com base na expectativa de vida informada pelo IBGE e quantidade de tempo até 21 anos, se menor.
De acordo com a PF, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão nos estados do Piauí e Maranhão. Os mandados foram expedidos 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Teresina. Ainda a pedido da Polícia Federal, foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias dos CPFs de 13 pessoas envolvidas nas fraudes identificadas que somados alcançam o montante de quase R$ 19 milhões.
Foto: Divulgação/PF
As investigações apontam o envolvimento de quatro servidores do INSS que, supostamente, em conluio com intermediários de diversos municípios do Maranhão e Piauí, fraudavam benefícios da espécie pensão por morte mediante documentação falsa e direcionamento dos requerimentos de concessão.
Os investigados poderão responder pelos crimes de Associação Criminosa, Inserção de Dados Falsos, Corrupção Passiva, Falsidade Ideológica e Corrupção Ativa.
O nome Balaio, que significa cesto artesanal criado a partir do entrançamento complexo de palhas, foi escolhido pela elevada e pulverizada quantidade de transações bancárias dos investigados com fito de escamotear os reais destinatários dos recursos desviados do INSS.