A população de Teresina deve continuar tendo problemas para registrar Boletins de Ocorrência nos próximos dias, por conta da paralisação dos policiais civis , que continua mesmo após uma reunião com o delegado-geral Riedel Batista, para discutir a equiparação salarial da categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Constantino Júnior, o Estado ainda não sinalizou uma proposta para iniciar as negociações, e o que é uma paralisação de 72 horas, pode se tornar greve por tempo indeterminado.
Os agentes de Polícia Civil, escrivães e peritos pedem que os salários dos profissionais respeitem a proporção de 60% de diferença entre o maior e menor cargo na hierarquia da categoria. “Um delegado de classe especial tem um vencimento bruto de cerca R$ 19 mil e um agente de classe especial recebe 35% desse valor. Os delegados estão querendo reajustar o salário deles para cerca de R$ 30 mil, e nós queremos que essa proporção dos 35% continue valendo, e que nosso vencimento seja reajustado também. Mas o Estado tem negado isso, ou seja, corremos o risco de ficar com uma diferença salarial absurda dentro da mesma categoria”, explica Constantino.
Foto: Moura Alves/O Dia
Diante do impasse, a categoria resolveu iniciar uma paralisação como indicativo de greve, fechando as delegacias da Capital a partir das 18 horas e deixando de registrar BOs. Durante o movimento, estão sendo registrados apenas casos de homicídio, estupro, latrocínio e roubo. Crimes de menor potencial ofensivo como tráfico de drogas, injúria e lesão corporal não serão recebidos são recebidos pelos plantonista.
Procurado pelo PortalODia.com, o delegado-geral Riedel Batista não quis dar detalhes da reunião de ontem (21) com os policiais. “Estamos negociando, procurando a forma mais rápida de dar um fim nessa paralisação, porque a população fica prejudicada com um todo”, resumiu o delegado.
O secretário de Administração, Franzé Silva,
afirmou que ainda não tomou conhecimento dos detalhes da reivindicação dos
agentes, e que se reunirá hoje (21) com o delegado-geral e o secretário de
Segurança, Fábio Abreu, para discutir o assunto e chegar a uma contraproposta a
ser apresentada para a categoria.