O bairro Santa Fé, na zona Sul de Teresina, teve um fim de noite violento neste sábado (03). Por volta das 21 horas, dois homens em um carro modelo Golfe de cor vermelha mataram duas pessoas em um bar e deixaram uma terceira ferida. Para a Polícia Militar, o crime tem características de acerto de contas, uma vez que uma das vítimas fatais tinha histórico na criminalidade e reunia desafetos.

De acordo com o comandante da Companhia Independente de Policiamento do Promorar, capitão Paulo Silas, as execuções ocorreram cerca de cinco de minutos depois de uma viatura ter passado pelo local, fazendo rondas. “Nós acreditamos que os criminosos já estivessem de vigia, prontos para agir e esperaram só nossa viatura se afastar para já chegar atirando”, afirma o capitão.

Um dos que morreu no local é conhecido, segundo a PM, como “Dielsin Cabeça de Balão”. Ele seria integrante da chamada Gangue do Afegão, um dos grupos criminosos que disputa o controle do tráfico de drogas na região do Santa Fé, Promorar e Vila Irmã Dulce. A outra vítima fatal não teve a identidade informada pela polícia, mas acredita-se que ela tenha sido atingida por uma bala perdida, já que o alvo aparentava ser Dielsin, é o que afirma o capitão Paulo Silas.

Por estarem numa viatura próxima ao local do fato, os policiais militares ainda encontraram Dielsin com vida quando chegaram. Mesmo estando bastante ferido, ele ainda teria informado o nome de um dos atiradores. Com base nesta informação, a Polícia Militar, através da CIA do Promorar, realiza diligências na região à procura do suspeito, mas até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios, é que vai cuidar das investigações.

A vítima ferida foi encaminhada para o HUT e, de acordo com a PM, não aparentava correr risco de morte.

Reforço no policiamento

O Comando da Companhia de Policiamento do Promorar informou que que está trabalhando com reforço no número de militares e de viaturas naquela região da zona Sul de Teresina. Segundo o capitão Paulo Silas, há mais de um mês não se registrava mortes violentas nos bairros onde a Companhia atua.

“Estamos trabalhando com 60 policiais reforçando as rondas em 18 viaturas que circulam todos os dias, mas como esse crime nos leva a crer em execução, a polícia não tem como prever e agir para evitar. É uma rixa entre eles e a qualquer momento a briga pode ficar mais acirrada. Nosso trabalho é cobrir a maior área possível com policiamento ostensivo e é isso que estamos fazendo”, finaliza o capitão.

Por: Maria Clara Estrêla