Um dos 15 policiais militares que tiveram a prisão solicitada pelo comando da Polícia Militar é o vereador R. Silva (PP). Ele é sargento e um dos líderes do movimento “Polícia Legal”. Na manhã desta quinta-feira (03), uma comitiva de vereadores e deputados foram ao Tribunal de Justiça, onde se reuniram com o presidente, o desembargador Raimundo Eufrásio. O objetivo é solicitar a revogação das prisões.
Os mandados foram expedidos na tarde de ontem (02) pelo juiz da Central de Inquéritos, Luiz Moura Correia. Ainda há dúvidas se o pedido de prisão do vereador R. Silva foi aceito. Segundo informações apuradas pelo PortalODIA, o juiz teria negado somente este pedido, por se tratar de um parlamentar com foto privilegiado. Por outro lado, o vereador informou que está entre os policiais com mandado de prisão decretado. O PortalODIA não conseguiu falar com o magistrado e ainda não teve acesso ao processo.
A comitiva que se reuniu com o desembargador Raimundo Eufrásio foi formada pelos vereadores R. Silva, Edvaldo Marques (PSB) e pelos deputados Themístocles Filho (PMDB), Rubem Martins (PSB), Robert Rios (PDT), Firmino Paulo (PSDB), Evaldo Gomes (PTC) e Juliana Moraes (PMDB). Eles pediram o relaxamento das prisões e a formação de uma comissão composta pelo TJ, Alepi, Câmara, governo e líderes do movimento para discutir a pauta de reivindicações.
Segundo R. Silva, as prisões são desnecessária. "Na análise dos advogados das associações e do procuradoria da Câmara de Vereadores, que está fazendo a minha defesa, não existe motivo para prender. Não houve baderna, nem depredação do patrimônio público, nem desacato, enfim, nenhum ato que se configure desobediência", defendeu o vereador.
Até agora existe a informação de que apenas um dos líderes, identificado como Cabo Alder, foi preso. Os demais policiais que tiveram a prisão decretada encontram-se recolhidos. "A decisão foi que cada um buscasse seu abrigo para que as prisões não viessem a ocorrer. Acreditamos que não é dessa forma que se resolve uma crise".
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Pela manhã, o governador Wellington Dias, o comandante da Polícia Militar, Coronel Carlos Augusto, e o secretário de Segurança Fábio Abreu se reuniram no Palácio de Karnak para tratar das reivindicações da categoria. Uma delas diz respeito à falta de estrutura da Corporação como viaturas sem combustível e armamento e coletes à prova de balas vencidos.
Sobre isso, Fábio Abreu disse que a Secretaria de Segurança já realizou a compra de 500 armas novas, saídas direto da fábrica, para serem distribuídas entre os PMs. Além disso, segundo ele, a corporação deve receber mais 700 pistolas novas para tentar repor aquelas mais antigas que serão aposentadas.
A Secretaria de Segurança informou ainda que está estudando, junto ao Governo, a possibilidade de promoções para praças (sargentos, cabos e soldados), e para capitães e tenentes, no entanto ainda não há uma data para que isso aconteça.
Por: Nayara Felizardo, com informações de Robert Pedrosa e Ihtyara Borges (estagiária)