O Ministério Público Federal (MPF)
requisitou ao secretário-executivo do Ministério da Saúde (MS), Rodrigo Otávio
Moreira da Cruz, esclarecimentos sobre a metodologia utilizada para o envio de
imunizantes ao Piauí e quais as providências estão sendo adotadas para que o estado
receba a quantidade proporcional à sua população nos lotes subsequentes, com a
compensação do déficit existente.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão no Piauí, Kelston Pinheiro Lages, requisitou ao presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque, que esclareça ao Ministério Público Federal (MPF) quais providências estão sendo adotadas pela FMS junto ao Ministério da Saúde para que o município de Teresina receba a quantidade de vacina proporcional à sua população nos próximos lotes, também com a compensação do déficit.
Foto: Agência Brasil
Dos 26 estados da Federação e o Distrito Federal, os dez que menos receberam imunizantes proporcionais à sua população foram das regiões Norte e Nordeste, segundo dados do Ministério da Saúde, contabilizados até 29 de julho de 2021.
Ainda segundo o MPF, as informações indicam que os critérios adotados pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) para a distribuição de doses das vacinas contra a covid-19 pelo país levaram os estados do Norte e do Nordeste a receberem menos imunizantes em relação ao tamanho de suas populações, o que os deixou para trás no percentual de pessoas vacinadas com primeira e segunda doses até o momento.
As informações requisitadas tanto ao MS quanto à FMS servirão para embasar o Inquérito Civil além de subsidiar a adoção de medidas pelo MPF. O inquérito tramita na Procuradoria da República no Estado do Piauí, com o objetivo de acompanhar as políticas públicas, assim como a utilização de recursos públicos destinados ao enfrentamento do coronavírus no Estado do Piauí.