No Piauí e em todo o Brasil estamos vivenciando o aumento do número de casos de covid-19. Eles são frutos de uma mutação da variante Ômicron. A principal característica da nova variante é a alta transmissibilidade e o potencial de reinfecção. Isso faz com que o sistema imunológico tenha mais dificuldade em combater a doença fazendo o número de casos aumentar.
Apesar do grande número de pessoas infectadas, o perfil de gravidade não é preocupante. É o que explica o infectologista cooperado da Unimed Teresina, Eduardo Mendes (CRM 2836). “Os sintomas são mais gripais como dor de garganta, febre, tosse, espirros, o que não era característica das outras variantes. Há também quadros respiratórios leves e congestão nasal. Praticamente não tem acometimento pulmonar”, completa o médico.
Eduardo Mendes (CRM 2836). Foto: Reprodução/Unimed
A orientação para pacientes que não são dos grupos de risco e que apresentam sintomas leves é tratar como uma síndrome gripal: “Procurar orientação médica ambulatorial, fazer uso de sintomáticos e evitar o contato com outras pessoas”, recomenda.
Já para os pacientes que são do grupo de risco, como idosos, cardiopatas, imunossuprimidos, pneumopatas e outros, é preciso buscar confirmação do diagnóstico nos primeiros sintomas gripais: “Muito importante não esperar os sintomas piorarem para procurar atendimento médico”, alerta o médico.
O infectologista pontua que nesse momento os cuidados devem ser mantidos, como o uso de máscaras, higienização constante das mãos, isolamento de pelo menos cincos dias para os pacientes com sintomas gripais e completar o seu esquema vacinal. “Os estudos têm confirmado que mesmo nessas novas variantes, a população vacinada com três a quatro doses, tem uma chance muito menor de desenvolver formas graves”.
Assista a entrevista com o médico no programa Minha Saúde no Youtube.