O Banco Mundial vai deixar de ser financiador do programa Lagoas do Norte. Responsável até o momento pelos recursos das principais obras e serviços realizados no âmbito do projeto, que tem o objetivo de reorganizar o espaço urbano em uma área que abrange 13 bairros da zona Norte, o banco decidiu não renovar o contrato, que encerra agora em dezembro.
O DIA apurou junto a uma fonte diretamente envolvida no programa, que a decisão da instituição financeira ocorre pela falta de gestão por parte da Prefeitura. A versão é desmentida pela direção do programa, que informou ao O DIA que “apesar do esforço da Prefeitura para que a instituição financeira prorrogasse o prazo de vigência, tendo em vista os atrasos em decorrência da pandemia e de fatores externos, sua direção não concordou com o solicitado”, pontua. O Banco ficará prestando assistência à gestão de forma protocolar por mais quatro meses e depois a relação com a Prefeitura ficará encerrada.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
Desde o início das obras, em 2014, o Banco Mundial foi o principal fonte de recursos do Lagoas do Norte. Na primeira etapa, investiu R$ 70 milhões dos R$ 100 milhões aplicados no projeto, enquanto os restantes R$ 30 milhões partiram da Prefeitura de Teresina e do Governo Federal.
Nessa segunda etapa, que envolveu obras no tratamento de água, esgoto, drenagem e o reassentamento de famílias, a instituição arcou com 50,1% do total de R$ 396 milhões previstos para as obras.
Outro lado
Ao O DIA, a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação afirmou que vai buscar outras fontes de financiamento e segue trabalhando na execução das obras já iniciadas e na captação de novos recursos.
“A Semplan assegura a continuidade das obras e ações do programa através de outras fontes de financiamento, como empréstimo já firmado junto ao Banco do Brasil. Além disso, o programa está lançando o Morar Melhor, em parceria com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU/PI. Trata-se de um piloto que promoverá a elaboração de projetos e execução de obras de melhoria habitacional em 30 casas situadas nos bairros São Joaquim e Matadouro, incialmente”, pontua.