Antônio Costa, Maria Madalena, Franciney Almeida... Essas são só algumas das sepulturas que ficam à vista de quem passa pela rua Simplício Mendes, em frente ao Cemitério Dom Bosco, mais conhecido como Cemitério da Vermelha, na zona sul de Teresina. É que uma parte do muro cedeu há cerca de dois meses, durante uma forte chuva e nunca foi restaurado.
(Foto: Assis Fernandes / O Dia)
A reportagem de O Dia esteve no local nesta sexta-feira (24) e constatou que, além de mostrar a falta de reparos na estrutura do cemitério – um dos mais antigos e tradicionais de Teresina -, o problema representa um perigo para pedestres que transitam na rua e para os 13 funcionários, entre administração, agentes de portaria e zeladores que trabalham no local. O espaço aberto está sofrendo com a ação de criminosos.
Puxadores das tampas dos túmulos foram roubadas. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
Funcionários, que não quiseram se identificar nesta reportagem – disseram que ladrões comumente entram pela parte quebrada do muro e roubam peças das jazidas, como os pegadores das tampas das covas, as placas de identificação dos corpos e itens religiosos. Além disso, os próprios funcionários já foram assaltados.
Confira o vídeo:
“Dia desses, estávamos aqui trabalhando e de repente dois caras entraram ali pelo muro quebrado e levaram nossos celulares. Foi durante o dia. Aqui, a gente convive com o perigo”, disse um funcionário que não quis se identificar temendo represálias. Quem passa pelo lado de fora, pela rua, também se sente incomodado com a situação. A estudante Mariana Sousa, sempre passa pela rua para ir pegar ônibus para a faculdade. E teme que haja assaltantes escondidos dentro do Cemitério.
(Foto: Assis Fernandes / O Dia)
“Nunca aconteceu nada comigo, mas todo dia passo por aqui. A gente nunca sabe; pode haver alguém dentro aí desse lugar e do nada sair e tomar algo da gente. Essa situação precisa ser resolvida”, pediu a moradora da rua. Além da criminalidade, outro problema enfrentado pelo cemitério é a falta de estrutura em alguns pontos, tendo, inclusive, túmulos abertos, representando um perigo para os visitantes do local. A administração do Cemitério da Vermelha é de responsabilidade da Superintendência de Ações Administrativas Descentralizadas.
Local sofre também com problemas estruturais. (Foto: Assis Fernandes / O Dia)
O que diz a SAAD Sul?
Por meio de nota, a SAAD Sul informou que uma “equipe técnica da Gerência de Obras e Serviços foi atualizada da situação e que vai destacar uma equipe de engenharia, próxima semana, para realizar o reparo no muro do cemitério da Vermelha”.