As empresas concessionárias do transporte coletivo de Teresina calculam que o déficit da Prefeitura de Teresina com o sistema já ultrapassa a marca de R$ 125 milhões e voltaram a afirmar nesta quarta-feira (09/11) que o sistema está próximo de colapsar na capital devido à falta de cumprimento de termos contratuais por parte da gestão do prefeito Dr. Pessoa.
"Até o presente momento o sistema ainda sofre com essa dificuldade na relação de equilíbrio econômico-financeiro, tendo um déficit calculado que supera R$ 125 milhões. O poder público ainda não fez nenhum repasse referente às suas obrigações contratuais, da atual gestão, de garantir esse equilíbrio econômico do sistema. explicou o coordenador técnico do Setut, Vinícius Rufino.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
O Sindicato destaca que entre os principais entraves na gestão financeira está os constantes atrasos de subsídios e repasses financeiros. De R$ 2.150.000 milhões pactuados junto ao TRT-PI, para a prefeitura repassar mensalmente aos consórcios, a Prefeitura só tem repassando R$ 850 mil por mês. A dívida é referente a diferença na tarifa de ônibus, das gratuidades, das integrações.
O Setut agora cobra também maior fiscalização da Strans do transporte clandestino de passageiros que os empresários afirmam existir em Teresina. Para a consultora jurídica do SETUT, Naiara Moraes, disse que veículos clandestinos fizeram a demandas pelo transporte coletivo despencar na capital.
"A quantidade de passageiros transportados, que teve uma queda drástica durante a pandemia, evolui lentamente e com o transporte clandestino, esse quantitativo tem diminuído. O SETUT tem se comprometido em prestar seus serviços com qualidade e cobra que as fiscalizações sejam feitas pelo município, afim de que o sistema funcione de forma correta e sem prejuízos para o setor", disse.
O outro lado
O Portal O Dia buscou contato com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) para esclarecimentos sobre as denúncias do Setut, mas até o fechamento dessa matéria não obteve retorno. O espaço segue mantido para manifestações posteriores da gestão municipal.