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Com suavidade e leveza, bailarina leva o nome de Teresina aos palcos do mundo

Teresina lapida e exporta talentos nas mais diversas áreas e na dança não é diferente. Na firmeza do equilíbrio, Paula Ribeiro vai a Nova York levando o nome de sua cidade.

16/08/2022 08:07

Teresina está presente na suavidade dos movimentos. Está na firmeza de quem assume lugar de protagonismo sobre o palco da vida e deposita na dança a razão de sua existência. Tendo como figurino a sapatilha e um sonho a ser realizado, Teresina busca equilíbrio e força a cada novo passo. Passos esses que, cada vez mais firmes a levam a cruzar fronteiras. É a cidade traduzida no corpo de sua gente, em seus múltiplos talentos. Talentos que possuem nome, sobrenome, muito que contar e ainda muito que viver.

Paula Carolina Santana Ribeiro é um desses muitos talentos que traduzem Teresina. Aluna da rede pública de ensino da capital, a jovem bailarina se firmou entre o seleto grupo de brasileiros a conseguir a oportunidade de estudar balé na National Ballet Academy New York, nos Estados Unidos. Entre os nomes selecionados para uma bolsa integral, Paula é a única nordestina.


Há nove anos, Paula começava a dar os primeiros passos na dança - Foto: Jailson Soares/O Dia

O sonho começou a se realizar em abril deste ano, quando Paula participou de um festival de dança na cidade de Campos do Jordão, em São Paulo. Aluna do projeto Balé Jovem do Piauí, ela dança há nove anos e não hesita em dizer que balé é o que quer fazer para o resto da vida, seja dançando ou ensinando. Paula reconhece a responsabilidade que terá para conseguir se firmar entre os melhores do seu meio. E não só por isso: levar o nome de sua cidade natal para outros cantos do mundo só torna a experiência ainda mais única.

“Eu espero representar Teresina lá fora muitíssimo bem, até porque é uma experiência única. Estar com esse peso de conseguir levar o nome da minha cidade para fora é muito gratificante. Estou muito feliz e com certeza muito esperançosa, porque não é uma oportunidade que se consegue todos os dias. Estou há nove anos no balé e é um ponto muito importante na minha carreira”, diz Paula.

Ela conta que o balé proporcionou muitas experiências marcantes dentre as quais, poder viajar para vários lugares tanto no Brasil quanto fora participando de festivais. Paula reconhece que as oportunidades para quem quer viver do balé em Teresina ainda são muito pequenas pela falta de incentivo, mas demonstra gratidão por aqueles que conseguiram ajuda-la durante o caminho para a realização do sonho.

Dentre esses talentos teresinenses que fizeram a diferença para ela está a bailarina Marinalva Gamosa. Professora de Paula, ela ensina balé há 20 anos e define o trabalho desempenhado até aqui como gratificante, sobretudo quando um de seus alunos se sobressai. “É muito gratificante ainda mais quando a gente faz por amor, faz porque gosta. É muito lindo conseguir formar alunos e vê-los chegarem a lugares tão importantes, atingir o objetivo que eles almejam junto com a gente. Nós ganhamos junto com eles”, afirma Marinalva.


Marinalva é professora de Paula - Foto: Jailson Soares/O Dia

Assim como faz diariamente nas aulas com Paula, Marinalva é um talento que lapida outros talentos. Ela é um dos nomes por trás do Projeto Balé Jovem do Piauí. A iniciativa forma jovens bailarinos de forma integralmente gratuita e não possui fins lucrativos. São talentos que Teresina exporta e que levam em seus nomes, o nome do lugar de onde saíram.

“A gente tem muitos jovens da periferia que encontram no balé clássico a oportunidade de ter uma perspectiva de vida melhor. São jovens que já ganharam o mundo e muitos outros que ainda vão ganhar, que têm a chance de dançar em vários festivais, de viajar e conhecer outros lugares, outras realidades sem esquecer de onde eles partiram. Porque tudo começa aqui”, finaliza Marinalva.

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